Danny Seagren, o primeiro Homem-Aranha em live-action, morre aos 81 anos

Andre Luiz

Danny Seagren, o primeiro Homem-Aranha em live-action, morre aos 81 anos
Foto: reprodução/Instagram

O ator e marionetista Danny Seagren, conhecido por interpretar a primeira versão live-action do Homem-Aranha, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada pela família em um obituário divulgado ao The Hollywood Reporter.

No texto, familiares afirmaram:

“Ele nasceu e foi criado em Minneapolis, MN, até que sua carreira no entretenimento o levou a Nova York. Lá permaneceu, até que o sol e o golfe o chamaram para o Grand Strand, onde aproveitou seus anos de aposentadoria.”

O ilustrador Guy Gilchrist também lamentou a morte em publicação no Instagram, escrevendo:

“A FAMÍLIA MUPPET perdeu um dos seus.”

Primeiro Homem-Aranha da TV

Seagren ficou marcado pelo trabalho na série infantil The Electric Company, onde atuou entre 1974 e 1977. No programa, ele viveu o Homem-Aranha em versão silenciosa no quadro recorrente “Spidey Super Stories”, apresentando esquetes dentro de quadros estilizados como páginas de quadrinhos.

Nessas participações, Seagren enfrentava vilões diversos, como Drácula e o cômico Spoiler, personagem que aparecia apenas para estragar a diversão dos outros.

Contribuições marcantes na TV infantil

Além do herói da Marvel, o artista teve participação ativa em Vila Sésamo, onde substituiu Caroll Spinney em apresentações como o icônico Big Bird (Garibaldo, no Brasil). Ele chegou a se apresentar com o personagem em grandes eventos, desfiles e até no The Ed Sullivan Show.

Seagren também desenvolveu uma série de personagens de marionetes para produções infantis, com aparições em programas como Captain Kangaroo e Miss Peach of the Kelly School. Sua trajetória com marionetes começou quando trabalhava com Jim Henson e Os Muppets, antes mesmo de vestir o uniforme do Homem-Aranha.

Recordações do teste para viver o herói

O artista relembrou, anos depois, como foi seu teste com o produtor Andrew Ferguson, destacando sua tentativa de causar impacto imediato: “Eu preciso impressioná-lo de algum jeito”, disse sobre seu pensamento inicial.

Ele contou que saltou sobre o ombro do produtor e pousou na mesa:

“Eu não lembro se ele gritou, mas ele disse: ‘Oh, meu Deus’. Fiz mais alguns movimentos e ele disse: ‘Você conseguiu o papel.’”

Visão de Seagren sobre sua versão do Homem-Aranha

Mesmo interpretando um herói sem falas, Seagren afirmava que seu trabalho tinha relevância própria: “Eu nunca me senti bobo”, contou.

Ele acrescentou que buscava realmente encarnar um super-herói e que precisou equilibrar o tom da atuação:

“Eu tinha que ser um pouco caricato para tudo aquilo. Eu gostava muito de fazer. Eu sempre aguardava os dias de gravação.”

De acordo com o obituário, uma celebração de vida será realizada em homenagem ao artista, com data e detalhes a serem divulgados futuramente.

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