Dark: final da 2ª temporada conta com encontros e traições

A série alemã Dark, a primeira produção original do país para a Netflix, foi muito bem recebida pelo público e crítica, além de ter sido comparada com Stranger Things. Não é a toa que sua segunda temporada foi lançada recentemente e uma terceira já foi anunciada, que também será sua última.

Dark é uma série complexa e que pode confundir um pouco a cabeça de seus fãs, já que ela envolve uma série de viagens no tempo que exploram presente, passado e futuro. 

A 2ª temporada mostrou uma série de encontros, mas também revelou algumas traições que ocorreram pelo caminho durante as viagens no tempo que afetaram as quatro famílias que vivem na cidade fictícia de Winden. Entenda mais abaixo.

Atenção: spoilers abaixo

Adam manipulou todos esses encontros

O principal encontro desta 2ª temporada de Dark ocorreu quando um Ulrich mais velho encontrou seu filho Mikkel, que deixou 2019 e foi parar em 1986. Ele usou a caverna que permite essa viagem no tempo em 2019 e acabou parando em 1953, ocasião em que foi preso suspeito de cometer assassinato. Em 1986, descobriu que havia um menino que também não estava no seu tempo correto com Egon, o responsável por sua prisão.

Já com idade mais avançada, Ulrich consegue fugir e se encontra com Mikkel. Ele o pegou e tentou correr em direção a caverna. No entanto, foi parado pela polícia e acabou detido novamente. Isso deixou Mikkel um pouco traumatizado, pois sabia que Ulrich era seu pai. O encontro entre os dois era parte de um segundo ciclo manipulado por Adam e se tratava de um loop temporal. Afinal, Mikkel cresceu depressivo enquanto se tornava Michael, o pai do protagonista Jonas em 2019.

Por conta disso, Michael se suicidou ao se enforcar no primeiro episódio de Dark e deu início a essa jornada em que Jonas tenta impedir seu pai de tirar a própria vida.

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Essa história foi concluída após Jonas viajar de 1921 para 2019 e parar bem no dia em que Michael/Mikkel cometeria o suicídio. Ele foi enviado por Adam para tomar uma decisão sobre seu futuro e resolveu justamente salvar seu pai. No entanto, o reencontro entre os dois foi interrompido pelo Demônio Branco (uma versão mais velha da personagem Claudia), que disse ao protagonista que Mikkel precisa morrer para que os dois se tornem viajantes no tempo.

Mikkel acaba cometendo o suicídio novamente, ciente de que seu filho é parte de um plano ainda maior, o que significa que sua morte, revelada logo no início de Dark, já teve uma série de influências. Jonas ainda foi o responsável por levar seu pai para a caverna, que era parte do terceiro e último ciclo criado por Adam para quebrar o loop temporal.

Também vimos que Jonas se reencontrou com sua namorada Martha, que não sabia de seu paradeiro após ir para 2053, e depois, para 1921. no final da 1ª temporada. O plano de Adam ainda estava em andamento por que a jovem já havia descoberto que o Jonas de meia-idade, conhecido como o Estranho, era filho de Mikkel. Ou seja, isso também significava que era tia do protagonista (pois ela era irmã de Mikkel).

Como vimos no final da 2ª temporada, ela acabou morta por Adam (que viajou no tempo a partir de 1921) após levar um tiro dele. Antes, ela foi presa em um bunker pelo Estranho, antes de o desastre acontecer, mas escapou para dizer a Jonas que eles deveriam ficar juntos.

Tudo isso foi arquitetado por Adam, já que a morte de Martha fez Jonas se tornar o Estranho, e mais tarde, o próprio Adam, no ciclo final.

Outro encontro arquitetado de destaque em Dark ocorreu quando a Claudia de meia-idade viajou dos anos 80 para 2020 para encontrar sua filha Regina, que tinha câncer, e levá-la a um bunker para sobreviver a explosão nuclear. Ela acabou se tornando inimiga de Adam, mas sabia que essa também era a chance de ficar mais um tempo ao lado de Regina.

E traições também eram parte do plano

Mas a 2ª temporada de Dark também está recheada de algumas traições, que tem relação com o Nó de Adam (o nome dado ao loop temporal que ele deseja quebrar). Ele é visto insultando Noah durante uma reunião em 1921 entre os Viajantes. Ele acreditava que Adam queria o ajudar a salvar sua família dos efeitos da tragédia nuclear em 2053, mas após descobrir que o vilão queria que esse desastre acontecesse, Noah acabou morto por sua própria tia, Agnes.

E isso deixou muita gente confusa, pois não era possível precisar de qual lado ela estava. Afinal, em 1953, ela odiava Adam e trabalhou junto de Claudia, mas matou seu próprio irmão para proteger o mesmo Adam em 1921. Só após algum tempo que descobrimos que os dois não se davam muito bem, mas os dois eram parte importante do plano de Adam.

Claudia também conseguiu se encontrar com seu pai, Egon, e tentou deixá-lo longe de seu apartamento no dia em que morreu de forma misteriosa, com a ajuda de informações que tinha do futuro. No entanto, ele acabou morrendo enquanto os dois lutavam a respeito da questão da Partícula de Deus, uma esfera do reator da usina nuclear que abre um portal no tempo, ao escorregar, bater a cabeça e ficar sangrando até morrer.

Egon morreu, mas foi ele que chamou Claudia de Demônio Branco pela primeira vez, após encontrar sua versão idosa nos anos 50. E o mais importante é que o trabalho dela com a Partícula de Deus permitiu a Adam construir sua máquina no tempo, Ariadne, em 1921. Ou seja, ela acabou tendo participação nesta história toda envolvendo o vilão da série.

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Por fim, o Ulrich preso em 1953 apanhou feio dos policiais chefiados por Egon, mas recebeu uma visita surpresa de Hannah, a mãe de Jonas. Eles deram início a um relacionamento amoroso antes da morte de Mikkel e ela se tornou uma mulher desprezível após o sumiço do filho e quando Ulrich voltou a entrar em contato com sua família.

Uma Hannah amargurada acaba roubando a caixa de viagem no tempo do Estranho e voltou ao passado para avisar ao seu amante sobre o que aconteceria com ele. Mas ao invés de limpar seu nome, quis deixar Ulrich apodrecer na prisão, já que ele mentiu sobre ficar com ela e que apenas via Hannah como uma forma de voltar para 2019.

Hannah também acabou optando por ficar em 1953. E essa traição pode ter feito a personagem ter um caso com Egon, o que deve ter causado o divórcio com a mãe de Claudia.

Mas de qualquer forma, Egon se tornou apenas se tornou outra parte de todo o jogo arquitetado por Adam e transformou Claudia no Demônio Branco e também em sua grande inimiga.

Fonte: CBR