por Cheyna Corrêa
Mais da metade do ano se passou e o The Game Awards 2025 já tem dois nomes favoritos disputando o prêmio mais cobiçado da noite: Death Stranding 2: On the Beach e o indie sensação Clair Obscur: Expedition 33. A ausência de GTA 6 este ano abriu espaço para uma rivalidade inesperada entre um blockbuster de Hideo Kojima e uma obra-prima indie que chegou de fininho e conquistou geral.
Clair Obscur: o fenômeno indie do ano
Produzido pelo estúdio francês Sandfall Interactive, Clair Obscur: Expedition 33 é um RPG por turnos com visual impressionante, ambientação artística e uma narrativa cheia de emoção. Mesmo sendo um título indie, o jogo surpreendeu em vendas e crítica, vendendo mais de 3,3 milhões de cópias em apenas 33 dias e mantendo uma média altíssima no Metacritic. O sucesso repentino colocou o game entre os principais nomes da temporada de premiações — e não é à toa. Além do visual de cair o queixo, ele traz profundidade, personagens marcantes e combate tático envolvente.
Clair Obscur: Expedition 33 (Divulgação: Xbox)
Death Stranding 2: Kojima de volta ao topo
Death Stranding 2: On the Beach é a continuação do jogo polêmico e inovador lançado por Hideo Kojima em 2019. Agora com ambientações na Austrália e no México, a sequência levou tudo ao próximo nível: gráficos ainda mais absurdos, sistema de combate renovado, narrativa intensa e simbólica. Mesmo com uma proposta mais autoral e menos acessível, o jogo foi abraçado pela crítica e público, mantendo média 90 no Metacritic logo após o lançamento. Kojima entregou um jogo que divide opiniões, mas não passa despercebido — e isso é puro combustível para uma disputa de GOTY.
O que pesa a favor de cada um?
De um lado, Clair Obscur representa o poder dos indies, provando que criatividade, emoção e beleza podem superar orçamentos milionários. Do outro, Death Stranding 2 mostra como um diretor consagrado pode refinar uma ideia ousada e entregar um produto mais maduro, acessível e emocionalmente denso. A corrida está aberta, e quem vence vai depender muito do que os jurados valorizarem mais: a ousadia da arte indie ou a genialidade de um veterano da indústria.
Seja o primeiro a comentar