Demi Moore está de volta aos holofotes com seu papel em The Substance, um filme de terror corporal que promete marcar sua carreira como um dos melhores desempenhos de todos os tempos.
Aos 61 anos, a atriz se desafiou a enfrentar medos pessoais e profissionais, explorando temas como envelhecimento e aceitação da própria imagem em uma produção ousada e inesperada.
O filme, dirigido por Coralie Fargeat, é descrito como uma mistura de “O Retrato de Dorian Gray”, “A Morte Lhe Cai Bem” e um vídeo de exercícios de Jane Fonda.
Moore interpreta Elisabeth Sparkle, uma atriz vencedora do Oscar que se transforma em guru de fitness. Desesperada após o cancelamento de seu programa de TV, ela recorre a um tratamento experimental que usa seu DNA para criar uma versão aprimorada de si mesma. No entanto, a técnica vem com uma regra rígida: Elisabeth deve alternar entre suas duas identidades — jovem e velha — a cada sete dias.
Moore compartilhou que o papel foi um grande desafio, pois “o filme aborda uma questão importante: quando você persegue algo que acredita ser melhor, corre o risco de perder o que já tem”.
Ela também destacou como o papel exigia uma atriz que confrontasse seus próprios medos e fobias, uma característica que ela mesma incorporou após anos de experiência na indústria.
O retorno de Moore ao cinema tem sido amplamente celebrado, com The Substance recebendo uma ovação de pé de 11 minutos no Festival de Cannes e gerando rumores de uma possível indicação ao Oscar.
A atriz revelou que o papel exigiu “um nível de vulnerabilidade e crueza” que a tirou de sua zona de conforto, mas também lhe ofereceu uma oportunidade única de crescimento.
No filme, a personagem de Moore, Elisabeth Sparkle, lida com as pressões de envelhecer em uma indústria obcecada pela juventude.
“Quando se persegue algo que se pensa ser melhor, você corre o risco de perder o que tem”, comenta Moore, refletindo sobre os desafios enfrentados por mulheres maduras em Hollywood.
Moore também refletiu sobre os altos e baixos de sua carreira. Ela ficou mundialmente conhecida por filmes de sucesso como Ghost: Do Outro Lado da Vida e Proposta Indecente, mas também enfrentou dificuldades ao ser rotulada como símbolo sexual.
“Uma das maiores concepções erradas sobre mim é que eu amava meu corpo. Na realidade, muitos dos projetos que escolhi foram uma tentativa de superar minhas próprias inseguranças”, confessou Moore.
Com The Substance, Moore mostrou uma vontade de reinventar sua imagem e explorar aspectos mais sombrios de sua atuação. Margaret Qualley, que contracena com ela no filme, destacou o compromisso de Moore em aperfeiçoar sua personagem, mencionando que ela estava “sempre no ponto de refinamento, compreendendo mais a cada cena”.
O novo filme de Demi Moore já é considerado um dos mais brutais sobre o envelhecimento em Hollywood, segundo críticos.
A obra traz uma crítica direta aos padrões de beleza e ao envelhecimento na indústria do entretenimento, mostrando que Moore está preparada para desafiar o status quo mais uma vez.
FONTE: Variety
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