O diretor Denis Villeneuve não ficou quieto diante das recentes declarações de Quentin Tarantino sobre Duna e Duna: Parte Dois.
Durante uma conversa com estudantes da Universidade Concordia, em Montreal, o cineasta destacou que não se importa com a recusa de Tarantino em assistir aos filmes, mas explicou a diferença entre sua obra e os remakes que tanto incomodam o diretor de Pulp Fiction.
Tarantino, em entrevista ao Bret Easton Ellis Podcast, deixou claro que não tem interesse nas adaptações de Duna feitas por Villeneuve. O cineasta de Cães de Aluguel afirmou que, já tendo visto a versão de David Lynch, não vê necessidade de revisitar a história.
“Eu não preciso ver os vermes de especiaria novamente. Eu não preciso ver um filme que diz a palavra ‘especiaria’ de forma tão dramática”, explicou Tarantino, referindo-se aos elementos chave da trama.
Villeneuve não se deixou abalar pelos comentários e, com bom humor, respondeu: “Eu não me importo. É verdade. Eu concordo com ele em não gostar dessa ideia de reciclar ideias antigas. Mas onde eu discordo é que o que eu fiz não é um remake. É uma adaptação do livro. Eu vejo isso como algo original.”
O diretor de Duna ainda comentou sobre as diferenças de personalidade entre ele e Tarantino, dizendo: “Mas somos seres humanos muito diferentes.”
Embora Tarantino tenha se mostrado indiferente a Duna, Villeneuve segue recebendo elogios de figuras renomadas da indústria.
Diretores como Christopher Nolan e Steven Spielberg já manifestaram publicamente sua admiração pelo trabalho de Villeneuve, especialmente pela sequência de Duna, que muitos consideram uma das obras de ficção científica mais impressionantes da década.
Spielberg, em uma conversa com Villeneuve, destacou a importância de seu trabalho no cenário atual do cinema. “Você fez um dos filmes de ficção científica mais brilhantes que já vi”, declarou.
Com Duna: Parte Dois ganhando cada vez mais destaque, o debate sobre adaptações e remakes continua a ser um tema quente na indústria cinematográfica.
Villeneuve, por sua vez, mantém sua posição e defende seu trabalho como uma obra única e fiel à visão original do livro de Frank Herbert.
FONTE: Variety
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