Desde o encerramento da saga Light & Darkness, a Bungie tenta estabelecer um novo direcionamento para ‘Destiny 2’. O formato episódico adotado após o confronto com o Witness não manteve o engajamento esperado, e a expansão ‘Edge of Fate’ recebeu avaliações majoritariamente negativas. É nesse contexto que surge ‘Renegades’, um conteúdo adicional que combina o estilo característico da franquia com influências visuais e narrativas de ‘Star Wars’.
Durante uma visita ao estúdio, a equipe criativa destacou que o objetivo não era transformar Destiny em outra obra, mas usar o universo criado pela Lucasfilm como ponto de partida para propor novas abordagens dentro do jogo.
Uma colaboração pensada para renovar a fórmula
O desenvolvimento de ‘Renegades’ começou antes do lançamento de ‘Edge of Fate’. Segundo a Bungie, o pedido mais recorrente da comunidade era por mudanças que rompessem com o modelo repetitivo das temporadas anteriores. Para a equipe, referências ao imaginário de ‘Star Wars’ abriram espaço para testar ideias que já existiam internamente, mas que ainda não tinham sido exploradas.
Um exemplo é Dredgen Bael, antagonista inspirado em figuras como Kylo Ren. A equipe afirma que o personagem faz parte da estrutura narrativa da saga Fate, garantindo que o DLC não funcione como um episódio isolado. A intenção é revisitar personagens e conceitos introduzidos agora em conteúdos futuros.
Novo armamento muda a dinâmica do sandbox
As inspirações também chegam ao gameplay. A expansão marca a estreia dos blasters, uma subfamília de armas com funcionamento baseado em calor e recarga por dissipação. Para os desenvolvedores, a colaboração permitiu ajustar detalhes e criar um armamento com identidade própria dentro de ‘Destiny 2’.
A Bungie reconhece que, apesar do sucesso da atualização de armaduras em ‘Edge of Fate’, o arsenal não atendeu às expectativas. Em ‘Renegades’, o foco é oferecer armas com comportamentos inéditos e combinações de atributos que ampliem o sistema de criação de builds. Versões aprimoradas dos blasters podem surgir com traços adicionais, de forma semelhante ao que foi visto em Episode: Heresy.
Mesmo com a chegada dessas armas, a ausência de novos subclasses segue como um ponto de atenção. O estúdio explica que, neste ciclo anual, priorizou habilidades específicas de destinos, como as funções de matéria escura em Kepler e o sistema de armamento de apoio presente em ‘Renegades’. A equipe afirma que atualizações mais amplas do sandbox voltarão a ganhar espaço futuramente.
Além disso, a expansão apresenta as Praxic Blades, armas personalizáveis que funcionam como equivalentes a sabres de luz e podem ser ajustadas para diversos estilos de jogo.
Exploração de facções sob uma nova ótica
O cenário principal do DLC, Tharsis Outpost, abriga três sindicatos com trilhas de recompensas próprias. O formato remete às antigas facções do primeiro Destiny, embora a equipe diga que o retorno não foi intencional. A ideia surgiu de elementos temáticos associados a histórias sobre fronteiras e grupos criminosos, comuns no universo de ‘Star Wars’.
A narrativa deve continuar desenvolvendo esses grupos em futuras atualizações, abrindo espaço para reinterpretações de organizações e inimigos já existentes dentro do ecossistema do jogo.
Um passo para reorientar ‘Destiny 2’
A recepção da comunidade ainda será determinante, mas a Bungie afirma que ‘Renegades’ faz parte de uma estratégia mais ampla. Elementos introduzidos no conteúdo serão reaproveitados nos próximos lançamentos, indicando que a colaboração serve como ponto de partida para uma nova fase da franquia.




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