Muita gente se pergunta: era difícil mesmo derrotar o Thanos? Será mesmo que era uma chance em 14 milhões e seiscentos e cinco mil possibilidades? Sim, era praticamente impossível! Um dos irmãos Russo respondeu o que o Doutor Estranho viu e vamos analisar essa resposta.
Em Vingadores: Ultimato, o Titã Louco fez questão de lembrar: “eu sou inevitável”. E não deu outra: ele venceu. Foi exatamente isso o que aconteceu em mais de 14 milhões de futuros possíveis. Mas em um deles, em apenas um deles, o vilão foi derrotado. Foi esse o caminho que o Doutor Estranho arquitetou para que se tornasse realidade.
Joe Russo, um dos diretores de Guerra Infinita e de Vingadores: Ultimato, concedeu uma entrevista recente na China. Lá, ele revelou pela primeira vez algumas dessas possibilidades que o Doutor Estranho viu. Claro que não são 14 milhões ou ele ia estar falando até agora e só iria acabar no final do ano. Mas o que ele falou já dá uma ideia de que foi mesmo por muito pouco.
Algumas possibilidades
Fã que é fã não quer nem saber se o cara é o diretor do filme, produtor ou editor da Marvel. Perguntaram sem medo porque o Doutor Estranho não arrancou fora o braço de Thanos, como ele fez com Cull Obsidian. O diretor explicou o que muita gente já imaginava: provavelmente porque o braço do Thanos era mais resistente que o braço de seu servo.
Faz sentido! Afinal, Thanos enfrentou Hulk. Já Cull Obsidian, vimos morrendo com um pisão do Homem-Formiga. São dois níveis de resistência física, completamente diferentes. Não há nem comparação.
Foi exatamente essa pergunta que abriu a brecha para que Joe Russo desatasse a falar sobre as visões de Doutor Estranho. Ele explicou que o mestre das artes místicas nem sequer tentou essa estratégia, pois ele já sabia que não daria resultado. Ele já tinha visto essa possibilidade falhar quando ele explorou os futuros. Ou seja, existe pelo menos um cenário onde o Doutor Estranho tentou cortar o braço do Thanos e deu ruim.
Segundo o diretor, a batalha de Titã poderia ter tido diversos finais diferentes. No entanto, em nenhum deles, era possível que Thanos saísse derrotado. Então, sabe aquele lance do Peter Quill ferrando com tudo? Pode parar de culpar o cara! Mesmo que o Senhor das Estrelas não tivesse perdido a cabeça, o vilão teria vencido de alguma forma ou de outra. O Doutor Estranho, repetindo, viu isso também.
Outras opções?
A partir desta informação, podemos tentar inferir o que mais foi visto pelo Doutor Estranho. Se a luta em Titã estava fadada ao fracasso, por que o feiticeiro participou dela com tanto interesse? Não aparentava que ele estava se esforçando ao máximo?
A desistência dele é fácil de entender. Ele entrega a Joia do Tempo para o vilão para salvar Tony Stark. Agora sabemos que o Homem de Ferro seria fundamental no único futuro possível onde o Thanos perderia. Então, por que o Doutor Estranho não entregou logo a Joia, sem luta, sem nada? Porque as engrenagens do tempo já estavam em funcionamento!
Para que Thanos pudesse ser derrotado algum dia, aquela batalha precisava ter o tempo exato que teve. Sabe por quê? Imagina se o Titã Louco conseguisse encerrar a luta um pouquinho mais rápido e fugisse com a Joia do Tempo. A consequência direta disso seria que o Estalo seria realizado mais cedo. Fazendo o Estalo mais cedo, o Homem-Formiga não teria viajado para o Reino Quântico: não teria experiência. Sem Scott Lang aprisionado no Reino Quântico, como ele iria descobrir as propriedades temporais daquela dimensão?
Pensemos também o contrário! Imagina se a batalha dura mais tempo do que durou. Thanos sairia vencedor, mas o Estalo só aconteceria depois que o Homem-Formiga já tivesse retornado do Reino Quântico. Lembram? O experimento deveria ter durado somente alguns minutos! Ele teria ido, voltado e visto todo mundo virando pó! E aí, não teríamos roubo no tempo, não teríamos nada…
O rato!
Joe Russo, depois, ainda explicou na entrevista: “o rato salvou o universo”. Não, ele não está falando do Mickey. Tudo bem que é tudo da Disney, mas não é isso. Ele está falando do rato que apertou a sequência exata de botões e soltou Scott Lang da máquina quântica que ele tinha na van. Para o futuro que o Doutor Estranho viu, era necessário que aquele ratinho libertasse o Homem-Formiga. Você tem noção das chances disso acontecer? Pois é. Uma em catorze milhões, provavelmente.
Com certeza, houve futuros em que o rato não existia! Outros em que o rato aperta os botões errados e não acontece nada. Quem sabe um onde o rato aperta os botões errados e explode a van? Mais um em que um gato chega e come o rato. Enfim, foi muita, muita sorte.
Daí pra frente, o Doutor Estranho pode ter visto muitas outras variações também. Mas existem dois outros pontos muito bem marcados no filme. Os Irmãos Russo estavam claramente mostrando pra gente: “olha, o universo bifurca aqui”.
O primeiro desses momentos acontece quando Tony Stark questiona ao Doutor Estranho se aquele era o futuro que ele tinha visto, o futuro em que eles vencem. Stephen Strange responde que não pode dizer. Você sabe por que ele diz isso? Porque, com certeza, em pelo menos uma das possibilidades que visualizadas, ele contou para o Homem de Ferro que ele teria que se sacrificar. Preciso lembrar que deu ruim?
Nesse futuro possível em que Tony Stark fica sabendo que vai morrer, algo deu errado. Quem sabe ele resolveu se despedir da Pepper antes? Talvez ele lembrou da filha e travou! Será que ele entendeu errado o momento e se sacrificou à toa? Então, o Doutor Estranho aprendeu que tinha que ficar quieto, guardar segredo de todo mundo.
O segundo momento primordial para a vitória é quando Doutor Estranho dá o sinal para Tony Stark. Ele dá a dica, sem falar nada. Claramente, no futuro 14 milhões 604 mil 999, Tony Stark perdeu o momento e Thanos fez outro Estalo. Foi assim que Doutor Estranho aprendeu que precisava dar aquela empurrãozinho pra vitória.
Thanos era inevitável? Quase! Foi por muito pouco, muito pouco mesmo. Mas Doutor Estranho sabia que, no final, o Titã Louco perderia.
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