Disney e Pixar já se desentenderam no passado e chegaram a romper

Augusto Ikeda

Disney e Pixar já se desentenderam no passado e chegaram a romper

Já faz anos que a Disney adquiriu a Pixar após os dois estúdios manterem uma parceria duradoura que rendeu bons frutos para as duas partes. No entanto, isso quase não aconteceu após os dois estúdios romperem relações temporariamente.

A parceria entre Disney e Pixar começou ainda nos anos 1980 apenas na parte técnica, já que a primeira queria usar equipamentos da segunda para melhorar o desenvolvimento de seus projetos.

A relação entre as duas empresas cresceu após elas firmarem um acordo no qual a Pixar produziria três filmes para a Disney. O primeiro título foi Toy Story, que como sabemos, foi um grande sucesso.

No entanto, a relação entre as duas companhias começou a estremecer a partir de Toy Story 2, já que a produção do filme foi um pouco turbulenta após Disney e Pixar não falarem a mesma língua em vários aspectos.

Um dos motivos é que a Pixar estava incomodada com uma coisa: por mais que tivesse direito a metade dos lucros, a Disney ainda era a dona da história, personagens e possíveis sequências de seus filmes.

Em 2003, as duas empresas passaram dez meses tentando firmar um novo acordo, mas em janeiro de 2004, comunicaram que as negociações não deram certo.

A Pixar fez uma série de exigências para a Disney: queria ter o controle das histórias e personagens que criou (incluindo os projetos que estavam em andamento, como Os Incríveis e Carros) e bancar os custos de todos os seus filmes para ficar com a maior fatia dos lucros (apenas de 10% a 15% ficariam com a Disney).

Nem seria preciso dizer que a Disney não gostou nem um pouco dessas propostas.

As negociações acabaram de vez no meio de 2004, após o Steve Jobs (sim, ele mesmo), principal acionista da Pixar, e o então CEO da Disney, Michael Eisner, se desentenderem de vez.

A decisão das duas partes teve consequências: a Disney criou a Circle 7, seu mais novo estúdio, que desenvolveria as sequências de Toy Story e Monstros S.A. Enquanto isso, a Pixar já conversava por debaixo dos panos com possíveis novos parceiros, como a Warner Bros., Columbia Pictures e a Fox.

Quando parecia que não teria mais volta, Disney e Pixar voltaram a negociar em setembro de 2005, por conta da saída de Eisner do posto de CEO.

Meses mais tarde, foi batido o martelo: em janeiro de 2006, a Disney comprou oficialmente a Pixar, após o novo CEO, Bob Iger, convencer a diretoria da Disney de que a empresa precisava dos serviços da Pixar.

O resto, como sabemos, é história.

Quem diria que uma das parcerias mais rentáveis dos cinemas quase teve um final conturbado, não é mesmo? Quem agradece são seus fãs.

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