Drew Barrymore e Demi Lovato, duas das mais conhecidas estrelas de Hollywood, se abriram sobre suas experiências traumáticas na infância com o uso de drogas e álcool.
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No novo documentário Child Star, co-dirigido por Lovato ao lado de Nicola Marsh, ambas refletem sobre os desafios que enfrentaram como estrelas mirins e os impactos dessas vivências em suas vidas adultas.
Demi Lovato destacou como é difícil não culpar os outros quando “outras pessoas podem ter te dado substâncias quando você era criança”.
No documentário, Lovato pergunta a Barrymore: “Quantos anos você tinha quando te deram algo pela primeira vez?”.
Barrymore, que iniciou sua carreira aos 11 meses de idade, respondeu: “Eu costumava ficar chapada com a amiga da minha mãe quando tinha uns 10 anos. E eu achava que ela era tão legal, e ela dava maconha para mim e para o filho dela”.
Drew Barrymore relembra que, apesar da exposição precoce a substâncias, hoje se considera responsável por suas ações: “Essas foram todas minhas ações, essas foram minhas reações. Esse foi meu mecanismo de enfrentamento. Eu sou muito responsável, não culpo outras pessoas”.
Ela ainda afirmou que, após ter filhos, sua visão sobre sua própria adolescência mudou completamente: “Tendo uma filha de 10 anos agora, simplesmente, é impensável. Mas era assim que eu cresci”.
O documentário Child Star amplia o foco para além das experiências pessoais de Lovato, abordando as condições que colocam atores infantis em situações vulneráveis.
Além de Barrymore, Lovato conversa com outras estrelas mirins de diferentes gerações, como Christina Ricci, Kenan Thompson, Alyson Stoner, Jojo Siwa e Raven-Symoné.
Muitos dos entrevistados relataram terem sido expostos a substâncias ilícitas por adultos durante a infância.
Christina Ricci, por exemplo, compartilhou que, após seu primeiro papel no cinema em 1990, quando tinha apenas 10 anos, ela “foi diretamente para as drogas e álcool na adolescência”.
Alyson Stoner também relembrou que “não havia outro jeito de ser feliz” e que a facilidade em encontrar drogas a levou a usá-las como forma de fuga.
Lovato, que já participou de outros documentários sobre suas próprias batalhas contra o vício e distúrbios alimentares, como Demi Lovato: Stay Strong (2012), Demi Lovato: Simply Complicated (2017) e Demi Lovato: Dancing With the Devil (2021), agora assume um papel mais abrangente.
Ela dá voz a outros atores que, como ela, enfrentaram uma luta para se libertar de um ciclo de vício e abuso.
Drew Barrymore também foi sincera ao falar sobre sua luta contra a dependência de álcool, algo que começou muito jovem, aos 13 anos.
Hoje, ela vê sua sobriedade como uma forma de honrar o nome da sua família, que possui um histórico de dependência química: “Parar de beber é uma das coisas mais honrosas que posso fazer pelo nome Barrymore, porque todos nós fomos hedonistas”.
O avô de Drew Barrymore, John Barrymore, morreu devido a complicações relacionadas ao abuso de álcool. A tia, Diana, e o pai, John Drew, também tiveram um histórico de alcoolismo.
O documentário também inclui um questionamento importante levantado por Stoner: “Se é verdade que pessoas que experimentam a fama têm uma expectativa de vida 14 anos menor do que pessoas não famosas, por que estamos ligando uma criança a uma droga que altera fundamentalmente sua química cerebral e seu desenvolvimento futuro?”.
Ao final, Child Star traz uma mensagem de esperança, mostrando Lovato conversando com jovens artistas e membros do programa Looking Ahead, que busca promover mais proteções legais para atores infantis.
Lovato enfatiza que, embora seja importante fazer um bom filme ou programa de TV, “o que importa é o seu bem-estar e as outras coisas na sua vida, como família e amigos. Isso é o que realmente importa”.
Este documentário revela o lado sombrio da infância de muitos atores e reforça a importância de mudanças para proteger futuras gerações de estrelas mirins.
A data oficial de estreia no Brasil ainda não foi anunciada.
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FONTE: EW
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