A adaptação do universo Duna para as telinhas não é uma tarefa fácil, mas Alison Schapker, showrunner de Duna: A Profecia, está pronta para o desafio.
A série, que serve como prequela para os filmes de Duna de Denis Villeneuve, vai explorar um período de 10.000 anos antes dos eventos do romance original de Frank Herbert. Mas, como adaptar um universo tão grandioso e visualmente impactante para o formato televisivo?
Em entrevista ao Comicbook.com, Schapker explicou como as escolhas estéticas de Villeneuve ajudaram a abrir caminho para a produção da série. “Denis obviamente criou um mundo de espetáculo e elegância incrível, e suas escolhas eram simplesmente belas”, destacou o showrunner. Para ela, o grande desafio da adaptação é conseguir equilibrar a grandiosidade visual com a necessidade de criar uma história mais íntima, característica do formato televisivo.
Do cinema para TV: O desafio da intimidade
Schapker comentou como, apesar da vasta escalada dos filmes de Villeneuve, a série de Duna: A Profecia buscará um olhar mais próximo dos personagens. “Na televisão, você precisa estar perto do personagem, se relacionando com ele e puxando o público para a história. Porque não é uma tela IMAX, é uma tela pequena” , explicou. A ideia é fornecer um toque mais pessoal, sem perder a beleza visual que caracteriza o universo de Duna.
Ela ainda acrescentou: “Tentamos fazer algo épico, mas íntimo”. Para um showrunner, esse equilíbrio é essencial para criar uma conexão verdadeira com o público, uma vez que a TV exige um tipo de envolvimento emocional mais profundo do que o cinema, que possui o poder da grandiosidade das telas gigantes.
O Medo e a empolgação de trabalhar em um clássico
Adaptar uma história que já é considerada um clássico da ficção científica é uma responsabilidade enorme. Schapker admitiu que, ao assumir o projeto, sentiu-se tanto preocupado quanto a isso. “Foi assustador e emocionante igualmente, porque a razão pela qual você fica intimidado é a mesma razão pela qual é emocionante: a possibilidade de fazer algo especial”, refletiu.
Ela também destacou como os filmes de Villeneuve ajudaram a dar nova vida à franquia e atraíram uma enorme base de fãs. “Os filmes de Denis desbloquearam Duna para grandes faixas de pessoas ao redor do mundo”, afirmou, confirmando o impacto global das longas-metragens. No entanto, ao mesmo tempo, a produção da série traz consigo a pressão de manter a qualidade e a fidelidade ao universo de Duna, sem perder a essência do que o tornou tão relevante.
O Mundo de Duna: 10.000 anos antes da história original
Duna: A Profecia não se concentra nos eventos do romance de Frank Herbert, mas sim em um período de 10.000 anos antes.
A série promete uma narrativa rica, cheia de intrigas e conspirações, explorando as fundações que, eventualmente, levariam à complexa história de Duna. De acordo com Schapker, a criação desse universo é um privilégio, mas também um grande desafio: “Duna é significativo, é superinfluente, é um clássico”, disse ela, destacando a importância da franquia tanto para os fãs quanto para a cultura pop em geral.
Estreia na HBO e Max
Duna: A Profecia estreia no domingo, 17 de novembro, no HBO e Max. Se você ainda não viu os filmes de Villeneuve, eles também estão disponíveis para streaming na plataforma. Para os fãs dos livros, as obras de Frank Herbert estão disponíveis em formato impresso, digital e audiolivro, mantendo o legado da série vivo para novas gerações.
Com um elenco talentoso e uma proposta visual imersiva, a série promete expandir ainda mais o universo de Duna, agora com uma abordagem mais intimista e focada nos personagens, enquanto mantém a grandiosidade que o tornou um dos maiores físicos da ficção científica.
Fonte: ComicBook
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