Em uma entrevista ao podcast KosoKoso, três editores que trabalharam com Akira Toriyama compartilharam detalhes inéditos sobre o processo criativo do lendário mangaká durante a produção de Dragon Ball. Para a surpresa de muitos, ele não planejava nada com antecedência, criando a história de forma espontânea, semana a semana.
Segundo os editores, Toriyama desenvolvia a trama de maneira simples e direta, sem muitos mistérios ou flashbacks. Elementos icônicos da série surgiram por necessidade, e não por um plano pré-estabelecido.
“Seu estilo de narrativa era simples e direto, direcionado para jovens audiências, sem muitos flashbacks e sem grandes mistérios para revelar. Quando um plot precisava de uma reviravolta, ele adicionava ideias do nada.”
Um exemplo citado foi a origem Saiyajin de Goku, que não estava planejada desde o início. Toriyama simplesmente decidiu incorporar esse elemento para expandir a trama, o que acabou dando origem a toda a mitologia dos Saiyajins e da batalha contra Freeza.
A improvisação levou a grandes momentos em Dragon Ball
Os editores também explicaram como esse método influenciou momentos marcantes da série, como a destruição de Namekusei:
“Quando a história tinha um bloqueio narrativo, Toriyama logo pensava numa solução. Este método acabou gerando surpresas inesperadas como a destruição de Namekusei. Naquele ponto, um problema apareceu: Se o planeta sumir, então as Esferas do Dragão também irão. Mas a solução veio imediatamente, já que Toriyama só colocou Dende para recriá-las.”
Além disso, a cauda de Goku não foi criada originalmente como um traço de sua herança Saiyajin, mas sim como uma característica única do personagem. Só mais tarde, quando a raça foi introduzida, a cauda foi reaproveitada como um elemento chave da mitologia Saiyajin.
A influência nos Torneios de Artes Marciais
Essa abordagem também impactou a estrutura dos Torneios de Artes Marciais, um dos pilares da franquia. Os editores explicaram que Toriyama não tinha ideia de quem venceria as lutas até o momento de escrevê-las, o que ajudava a manter a história dinâmica e imprevisível.
A entrevista reforça que Dragon Ball não seguiu um roteiro fixo, mas sim uma narrativa construída de forma orgânica e reativa, moldada pelas necessidades semanais da história e pela criatividade espontânea de Akira Toriyama.
Fonte: Enomis
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