Como a IA transformou 500 anos de arte na ‘Estátua Impossível’

William Prado

Como a IA transformou 500 anos de arte na ‘Estátua Impossível’

Digitalização e inovação se uniram em um projeto inédito, resultando na criação da Estátua Impossível. Esta obra é um marco na fusão de arte e tecnologia, reunindo 500 anos de estilos artísticos de escultores icônicos, graças ao uso de IA e técnicas avançadas de manufatura digital da Sandvik.

A presidente da Sandvik Machining Solutions, Nadine Crauwels, destacou a eficiência e qualidade do processo: “Usando todas as nossas capacidades, conseguimos melhorar significativamente a eficiência da manufatura, reduzir o desperdício e garantir a mais alta qualidade em cada etapa do processo”.

A equipe responsável, liderada por Henrik Loikkanen e Jakob Pettersson, iniciou o projeto criando um modelo 3D com nove milhões de polígonos, que foi convertido em um modelo sólido utilizável pelos programas CAD e CAM.

“Originalmente, planejamos fazer a estátua em uma única peça”, diz Pettersson. “Mas percebemos que o tamanho tornava isso impossível. Adaptamos o modelo para seccionar em 17 componentes, cada um desenhado e programado individualmente”.

Veja:

A estátua impossível

Simulações digitais desempenharam um papel crucial. O uso do software Vericut®, proprietário da Sandvik, garantiu processos de usinagem seguros e eficientes.

Loikkanen explicou: “A complexidade exigia verificação, e essa era feita digitalmente, antes da usinagem. A simulação garantiu que pudéssemos atingir as características desejadas na manufatura da estátua, sem colisões”.

O tempo de teste foi reduzido para um sexto do necessário em operações manuais, e a quantidade de aço inoxidável necessária foi cortada pela metade, graças às ferramentas digitais de otimização de uso e trajetória de ferramentas.

Apenas três simulações foram necessárias para a última peça, comparado a 100 simulações para a primeira.

A estátua final, feita de aço inoxidável, pesa 500 quilos e tem 150 cm de altura, com uma precisão impressionante de menos de 30 microns em relação ao design digital.

Essa precisão é comparável à exigida na fabricação de relógios suíços e foi alcançada graças à tecnologia de gêmeo digital e otimização de trajetórias de ferramentas.

A sustentabilidade também foi um ponto forte do projeto. Pettersson afirmou: “Não houve componentes descartados por erro. Conseguimos otimizar a vida útil das ferramentas usando o software, o que nos permitiu usar menos ferramentas e, portanto, menos energia. Ao acertar desde o início com nosso software, tornamos o processo o mais sustentável possível”.

A estátua está em exibição no Tekniska Museet, o Museu Nacional de Ciência e Tecnologia da Suécia, e foi criada usando uma variedade de ferramentas e softwares avançados, como Mastercam®, Vericut®, e CoroPlus® Tool Library.

Os escultores que inspiraram a Estátua Impossível são:

  • Michelangelo (Itália, 1475-1564): poses dinâmicas e desequilibradas.
  • Auguste Rodin (França, 1840-1917): musculatura e reflexividade.
  • Käthe Kollwitz (Alemanha, 1867-1945): sentimento expressionista.
  • Kotaro Takamura (Japão, 1883-1956): foco no momento e na massa.
  • Augusta Savage (EUA, 1892-1962): figuras desafiadoras.

Esse projeto não só celebra a história da escultura, mas também demonstra o poder transformador da tecnologia digital na manufatura moderna.

FONTE: SANDVIK

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