Nos últimos dias, a internet se mobilizou em torno de um aplicativo de fotos. O FaceApp, que existe desde 2017, viralizou nos por disponibilizar um filtro que mostrava ao usuário, por meio de uma foto cedida, como ele seria ao envelhecer.
No entanto, durante esta semana, o aplicativo foi acusado de armazenar os dados dos celulares dos usuários e “espioná-los”. O app, como tantos outros, pede permissão para acessar suas fotos, enviar notificações e ativar sua câmera.
Nos termos de serviço do FaceApp, a empresa avisa que terá autorização para usar imagens e outras informações enviadas por usuários para fins comerciais, incluindo nomes, semelhanças e vozes. Além disso, o texto também explica que a empresa pode manter os dados mesmo depois que o aplicativo for apagado.
As informações coletadas podem ser armazenadas em seu país de origem. Por se tratar de um aplicativo de origem russa, a desconfiança de que a empresa estivesse armazenando informações pessoais de seus usuários se tornou maior.
A companhia já se manifestou a respeito do assunto e tentou tranquilizar as pessoas. “A maioria das imagens é excluída dos nossos servidores dentro de 48 horas a partir da data de envio” diz o pronunciamento.
Mesmo assim, o aplicativo está sendo investigado em alguns países – incluindo no Brasil. A Fundação Procon de São Paulo notificou o app, além das empresas Apple e Google, proprietárias das lojas virtuais que disponibilizam o aplicativo. De acordo com o Procon, as empresas deverão esclarecer a a políticas de coleta, armazenamento e uso dos dados dos consumidores que utilizam a ferramenta.
Na quarta feira desta semana (17), usuários indicaram que o aplicativo teria saído do ar, não permitindo o uso dos filtros. Porém, o FaceApp voltou a funcionar normalmente em seguida.
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