Para o portal SlashFilm.com, Joe Keery tem o dom de roubar a cena em qualquer produção, seja como o filho de fazendeiro problemático na série Fargo ou como o carismático Steve Harrington em Stranger Things. Não à toa, muitos consideram Steve um dos melhores personagens da série da Netflix, principalmente por sua relação de “irmão mais velho” com Dustin (Gaten Matarazzo).
Com a longa espera pela temporada final da produção dos irmãos Duffer, parte do público passou a buscar outros trabalhos dos atores, e foi assim que muitos redescobriram Spree: Viagens sem Limite (2020), terror com pitadas de comédia dirigido por Eugene Kotlyarenko.
Um motorista de aplicativo em busca de fama a qualquer custo
Em Spree, Joe Keery vive Kurt Kunkle, um jovem de Los Angeles obcecado por se tornar viral. Para isso, transforma seu carro de aplicativo em palco de assassinatos transmitidos ao vivo, enquanto a internet reage com comentários que misturam humor, choque e banalização da violência.
A trama ganha ainda mais força quando ele cruza o caminho da comediante Jessie Adams (Sasheer Zamata, de Saturday Night Live), que não se impressiona com sua “performance” e se torna sua grande rival.
Repercussão dividida, mas Keery é unanimidade
Na época do lançamento, Spree recebeu críticas mistas. Enquanto alguns, como o crítico Ben Pearson do site /Film, consideraram o longa raso demais para ser realmente divertido, outros destacaram sua sátira certeira à cultura digital. Entre elogios e ressalvas, um ponto se repete: Joe Keery está excelente no papel, entregando uma atuação perturbadora e magnética.
Nas redes sociais, o filme ganhou status de cult, sendo comparado a produções como Creep (2014). No Letterboxd, uma das resenhas mais curtidas resume bem o espírito da obra:
É como se Coringa quisesse ser um influenciador em vez de um comediante.
Uma sátira que pode envelhecer como clássico cult
Com seu olhar mordaz para a busca por likes e notoriedade online, Spree: Viagens sem Limite é ao mesmo tempo engraçado e desconfortável. Para alguns, é apenas uma crítica à superficialidade das redes; para outros, um retrato sombrio da geração obcecada por visibilidade digital. Seja como for, a performance de Joe Keery faz do filme uma experiência imperdível para quem deseja vê-lo em um papel muito diferente de Steve Harrington.
No futuro, Spree pode ser lembrado como um alerta visionário ou como registro de um período específico da cultura digital. De qualquer forma, continua a gerar debates e conquistar novos fãs.
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