Nas últimas semanas, os usuários das redes sociais foram bombardeados pelas chamadas lives NPC, nas quais diferentes pessoas agradecem por “flores”, reproduzem sons de mastigação e mais um monte de outros gestos esquisitos.
No entanto, o próprio responsável pela popularização das transmissões reconheceu a repercussão polêmica.
Felipe Bressanim, conhecido na web como Felca, contou que observava o movimento nos Estados Unidos antes de começar a desenvolver os conteúdos virais do tipo.
“Através de uma brincadeira, eu pensei: ‘Pô, vou fazer um marketing para o vídeo, tentar externalizar o personagem’. Claro que não achei que ia tomar a proporção que tomou, mas hoje, olhando para trás, entendo completamente o porquê”, afirmou.
O influencer diz que entende a reação inusitada dos milhares de espectadores.
“É uma coisa que é ridícula e que prende mesmo. São elementos, por exemplo, eu fico segurando uma mandioca. Você fica querendo entender o que está acontecendo, isso é proposital. O TikTok é uma luta por prender a atenção que, às vezes, você usa artifícios que são bizarros mesmo”.
Felca ainda destacou que pretende continuar com as lives por mais algum tempo por diversão.
“Vou fazer enquanto a piada durar. É uma piada. Hoje eu entendo que sou o maior atualmente no Brasil desse nicho muito nichado, específico, então não sei se é mérito algum eu ser o maior (risos)”.
“Semana que vem já não vou mais ser porque vou parar, vão ficar as pessoas que realmente estão conseguindo uma rendinha extra, vai ficar o impacto que tudo isso causou, mas vou parar e voltar para o YouTube, que são as coisas que gosto de fazer”, completou.
Lives NPC são mais uma polêmica do TikTok
O TikTok, o aplicativo do momento, foi criado na China e se popularizou no Brasil graças – em parte – à pandemia do coronavírus. Com o lema de “as tendências começam aqui”, mas com público majoritariamente infantil, a rede social é bastante polêmica.
Com promessas de fama, sucesso e até dinheiro, o conteúdo publicado pelos jovens não sofre nenhum tipo de curadoria e gera situações problemáticas – como a descrita nessa matéria.
O app chegou ao mercado chinês em 2016, mas em 2018, ao se fundir com o antigo app Musical.ly, ficou disponível para todo o mundo.
Com ele, é possível fazer vídeos em looping ou dublagens curtas, gerando momentos engraçados que começaram a ser compartilhados em várias outras redes sociais.
Ainda em 2020, o aplicativo foi alvo de outra polêmica, após o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar bani-lo, para evitar que a China o usasse como fonte de informações e espionagem.
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