Filmes de quadrinhos que fracassaram nas bilheteiras, mas se tornaram clássicos cult

Embora o gênero de filmes de quadrinhos tenha se consolidado como um dos mais lucrativos de Hollywood, nem todas as produções atingiram o sucesso esperado nas bilheteiras.

No entanto, alguns filmes que inicialmente foram considerados fracassos, com o tempo, conquistaram o status de clássicos cult, ganhando uma base de fãs fiel e enorme popularidade em home media.

Confira três desses filmes que, apesar de suas dificuldades iniciais, agora são adorados pelos fãs.

Rocketeer (1991): Um Herói Subestimado da Era Pré-Segunda Guerra

Lançado em 1991, Rocketeer foi inspirado na graphic novel de Dave Stevens e transporta os espectadores para o ano de 1938, onde o piloto Cliff Secord, interpretado por Bill Campbell, encontra uma mochila a jato que o transforma em um herói.

A história mistura elementos de aventura, espionagem e o pano de fundo histórico da Segunda Guerra Mundial, com um vilão inspirado na era de ouro de Hollywood.

Apesar de seu fraco desempenho nas bilheteiras, Rocketeer conquistou uma base de fãs ao longo dos anos. A produção se destaca pela nostalgia e pela simplicidade, algo raro nos super-heróis modernos.

O diretor Joe Johnston, que mais tarde viria a comandar Capitão América: O Primeiro Vingador (2011), fez um trabalho que, embora não tenha sido reconhecido na época, agora é celebrado como um clássico de heroísmo da época da Segunda Guerra.

O Justiceiro: Em Zona de Guerra (2008): Violência e Exagero se Tornam Virtudes

Em 2008, O Justiceiro: Em Zona de Guerra chegou aos cinemas com uma proposta radical, apostando em um humor negro e uma violência exagerada.

Dirigido por Lexi Alexander, o filme é centrado em Frank Castle (Ray Stevenson), que continua sua batalha implacável contra o crime após perder sua família.

O vilão Retalho, interpretado por Dominic West, se destaca por sua atuação exagerada, contrastando com a intensidade do protagonista.

Embora o filme tenha sido um fracasso de bilheteira, O Justiceiro: Em Zona de Guerra logo se tornou um favorito de uma nova geração de fãs, com destaque para a abordagem irreverente e a violência estilizada.

Com um tom mais sombrio e irreverente, o filme ganhou o carinho de seguidores e até de celebridades como o comediante Patton Oswalt, que se tornou um dos defensores mais notáveis da produção.

Dredd (2012): A Força de um Reboot

Lançado em 2012, Dredd é uma adaptação da famosa série de quadrinhos britânica 2000 A.D.. A trama acompanha o policial Judge Dredd (Karl Urban), em uma missão para combater o crime em uma Mega City Um superpovoada.

Com sua abordagem direta e cenas de ação imersivas, o filme teve um desempenho abaixo das expectativas nos cinemas.

Parte do insucesso se deve à semelhança com o filme Operação Invasão, que foi lançado no mesmo ano e obteve sucesso imediato com uma premissa parecida.

No entanto, o filme encontrou uma nova vida após seu lançamento em home media, ganhando uma base sólida de fãs.

Dredd se destacou por sua ação crua e cinematográfica, sendo considerado por muitos como o melhor retrato do personagem dos quadrinhos, muito superior à versão de 1995 estrelada por Sylvester Stallone.

A performance de Karl Urban, que manteve o capacete de Dredd durante todo o filme, é amplamente reconhecida como uma das grandes forças da produção.

A trajetória desses filmes de quadrinhos nos ensina uma lição importante: o sucesso comercial nem sempre é sinônimo de sucesso duradouro.

Mesmo após falharem nas bilheteiras, Rocketeer, O Justiceiro: Em Zona de Guerra e Dredd se tornaram produções adoradas, com um legado que transcende o tempo.

Esses casos demonstram que a verdadeira força de um filme pode ser medida pelo carinho dos fãs, que encontram valor em obras que, muitas vezes, são subestimadas pelo público em sua estreia.

Como diz a famosa expressão, “o tempo coloca tudo no seu lugar”, e esses filmes provaram que, mesmo diante do fracasso inicial, podem se tornar verdadeiras joias do gênero.

FONTE: ComicBook