A 96ª edição do Oscar revelou suas indicações e, surpreendentemente, três grandes filmes se destacam não só pela quantidade de nomeações, mas também por serem adaptações de obras literárias renomadas.
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Estamos falando de Oppenheimer, Pobres Criaturas e Assassinos da Lua das Flores. Essas produções, com seus roteiros adaptados, estão disputando as categorias mais cobiçadas, incluindo a de Melhor Filme.
E o Oscar vai para… Oppenheimer?
Baseado no livro Oppenheimer: O triunfo e a tragédia do Prometeu americano, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, Oppenheimer é mais do que uma biografia. É uma viagem detalhada e reveladora pela vida de J. Robert Oppenheimer, o cérebro por trás da bomba atômica.
A obra, que já foi agraciada com o Pulitzer, foi transposta para as telas pelo aclamado diretor Christopher Nolan, com um elenco estelar incluindo Cillian Murphy, Robert Downey Jr. e Emily Blunt.
Todos eles, juntamente com Nolan, receberam indicações ao Oscar.
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Pobres Criaturas
Este filme é uma adaptação do livro Poor Things, de Alasdair Gray.
A história singular de Bella Baxter, uma mulher com a mente de uma criança no corpo de uma adulta, cativou tanto o público literário quanto o cinematográfico.
A adaptação, feita pelo roteirista Tony McNamara e dirigida por Yorgos Lanthimos, traz Emma Stone e Mark Ruffalo em performances memoráveis, que lhes renderam indicações ao Oscar, assim como ao próprio Lanthimos.
Por enquanto, o livro ainda não ganhou edição em português, o que deve mudar em breve agora que o filme ganhou tanto destaque. Caso queira ler em inglês, basta clicar aqui.
Assassinos da Lua das Flores
Finalmente, temos Assassinos da Lua das Flores, inspirado no livro homônimo de David Grann.
O filme retrata a primeira grande investigação do FBI, envolvendo o misterioso assassinato de membros do povo originário Osage após a descoberta de petróleo em suas terras.
O roteiro, escrito por Erick Roth e Martin Scorsese (que também dirige o filme), traz um elenco de peso com Robert De Niro e Leonardo DiCaprio, embora apenas DiCaprio não tenha sido indicado ao Oscar 2024.
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O mundo do cinema tem uma longa tradição de buscar inspiração na literatura e o Oscar 2024 não é exceção.
Outras duas obras literárias notáveis foram transformadas em filmes aclamados, conquistando seu lugar na prestigiada categoria de Melhor Filme Internacional.
Zona de Interesse também concorre ao Oscar
Outro livro que deu origem a um filme aclamado é Zona de Interesse, de Martin Amis.
A obra, adaptada para o cinema por Jonathan Glazer, estreou com sucesso no Festival de Cannes em 2023, um dia após o falecimento de Amis.
O romance explora a terrível realidade de Auschwitz através de diversos narradores, cada um testemunhando o horror do Holocausto à sua maneira.
A ‘zona de interesse’ se refere ao local em Auschwitz onde os judeus recém-chegados enfrentavam uma triagem brutal, determinando se seriam levados para trabalhos forçados ou para as câmaras de gás.
O elenco do longa dirigido por Jonathan Glazer conta com nomes como Christian Friedel, Sandra Hüller, Lilli Falk e Imogen Kogge.
A Sociedade da Neve
A Sociedade da Neve, também indicado ao Oscar, tem suas raízes no livro homônimo de Pablo Vierci, publicado pela Companhia das Letras.
O livro é uma crônica emocionante sobre os sobreviventes do trágico acidente aéreo nos Andes em 1972.
Vierci, que partilhava uma amizade de infância e paixão pelo rugby com parte dos 45 jovens envolvidos no acidente, oferece um relato íntimo e poderoso dessa experiência de sobrevivência que durou 72 dias.
Caso queira ler a obra que originou o filme de sucesso da Netflix, basta clicar aqui.
Essas adaptações não são apenas uma demonstração da capacidade do cinema em dar vida nova a textos literários, mas também uma prova de que as histórias, sejam elas de sobrevivência inacreditável ou de horrores inomináveis, têm o poder de emocionar e impactar públicos em diferentes formatos.
Com tramas complexas e desempenhos impressionantes, Oppenheimer, Pobres Criaturas, Assassinos da Lua das Flores, Zona de Interesse e A Sociedade da Neve são provas vivas de que boas histórias, independentemente de sua origem, sempre encontrarão seu caminho para encantar e envolver o público de uma maneira totalmente nova quando transformadas em grandes obras cinematográficas.
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