Franquias de muito sucesso, lançamentos muito aguardados, grandes bilheterias. Os blockbusters, nome que traduzido livremente significa “arrasa-quarteirão”, são filmes capazes de levar muitas pessoas ao cinema com seu grande apelo, remete aos grandes clássicos, como Tubarão, de 1975, o primeiro blockbuster conhecido, e Star Wars.
De lá para cá, muitos filmes já receberam o título tanto pela crítica quanto pelo público.
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Geralmente as produções dignas de se tornarem um blockbuster cumprem com certos requisitos: são grandes produções, que envolvem um grande orçamento, elenco estrelado, diretores renomados e muito investimento em marketing.
Desde a era de ouro de Hollywood até hoje, o modo do público consumir cinema mudou bastante.
É notável que o formato de grandes clássicos, como E o vento levou…, O Mágico de Oz, passando por Avatar e Titanic, mudou em comparação com os blockbusters modernos.
Isso se deu muito por uma saturação da fórmula usada até então. No decorrer desse tempo, a forma de fazer filmes mudou bastante. Steven Spielberg, por exemplo, encontrou nos efeitos especiais uma maneira de renovar o cinema.
Hoje, quando se pensa em blockbusters, vem logo à mente as grandes franquias de super-heróis. A fórmula atual reaproveita os sucessos do passado, mas traz ingredientes só seus: um deles, é o chamado universo compartilhado.
As várias produções do mesmo universo são interligadas, levando o espectador a consumir todas para a compreensão total da história. A fórmula vem dando resultado.
O fenômeno pop que acompanha os filmes, resultando em pessoas de várias idades consumindo as produções, caracterizando-se como personagens, comprando itens e comparecendo a eventos relacionados, indica para o grande sucesso da fórmula.
O mesmo pode se dizer dos lucros: cifras bilionárias marcam notadamente o sucesso das produções, mesmo aquelas de baixo orçamento.
Mesmo todo esse sucesso não impede que o modelo seja questionado. Afinal, o público já demonstrou cansaço pela repetição de outras fórmulas de sucesso no passado.
Além disso, o grande número de salas exibindo um determinado tipo de filme, o forte apelo comercial e a histeria de boa parte dos fãs pode acabar afastando um público carente de cinema, mas que não deseja assistir ao que está em alta.
Porém, o modelo mitológico encenado pelos super-heróis parece não querer se esgotar tão rapidamente. Ainda assim, precisará passar por renovações de tempos em tempos e a indústria cinematográfica capaz de tantos sucessos não se deixará abalar e procurará entregar aquilo que o público pede.
Além disso, o cinema é inesgotável nas suas formas de impressionar a audiência. Histórias impactantes, visuais cada vez melhores e o som de altíssima qualidade são capazes de transportar o espectador para outros universos, como num passe de mágica.
De fato, Hollywood segue reproduzindo seu padrão, inclusive cultural, como quando representa jovens estudantes, jogadores de futebol americano — inspiração para quem se interessa em atividade física ou deseja fazer faculdade de educação física — ou nerds que sofrem com bullying.
No entanto, a fórmula ainda causa grande impacto positivo no consumo de seus filmes e parece não ter hora para acabar.
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