Com o lançamento de The Penguin, série derivada de The Batman, e o universo da DC sendo reestruturado por James Gunn e Peter Safran, surge uma dúvida: será que a franquia de Matt Reeves deve se integrar ao novo DCU?
A versão de The Batman estreou em 2022, inicialmente pensada como um projeto de Ben Affleck no extinto DC Extended Universe (DCEU). Porém, após a saída de Affleck, Reeves assumiu a direção e criou uma história isolada, semelhante à trilogia de Christopher Nolan, focada em uma Gotham sombria e complexa.
Em 2022, Gunn e Safran assumiram o controle da DC Studios, com o objetivo de criar um novo universo cinematográfico para os personagens da DC. Entre os projetos planejados, está The Brave and the Bold, que promete trazer a dinâmica entre Batman e Robin. Com isso, especula-se se seria lógico incorporar a versão de Reeves ao DCU ou manter Robert Pattinson em uma história independente.
The Batman Já Provou Sua Força nas Telas
Para os fãs, a ideia de unir a “Saga Épica de Crimes” de Matt Reeves ao DCU pode ser atraente. Após uma série de altos e baixos no DCEU, The Batman trouxe uma estabilidade positiva à DC, sendo bem recebido pela crítica e pelos fãs por seu tom neo-noir e atmosférico.
A série The Penguin, derivada do filme, também gerou boas avaliações, reforçando que o público está conectado com essa visão de Gotham. A inclusão dessa versão no DCU, portanto, poderia dar continuidade ao que já se mostrou eficiente.
Desafios de Unir o Batman de Reeves ao DCU
Por outro lado, a independência criativa sempre foi importante para Reeves. Antes do lançamento de The Batman, Dylan Clark, parceiro de produção do diretor, comentou que Reeves queria “explorar as profundezas emocionais do Batman”.
Incorporar sua saga ao DCU poderia limitar essa liberdade. Embora Gunn tenha experiência em equilibrar a liberdade criativa com as demandas de um universo compartilhado, a Warner Bros. corre o risco de perder Reeves caso tente forçá-lo a aderir ao novo DCU.
Outro ponto é a diferença de narrativa entre os Batmans de Gunn e Reeves. A produção de The Brave and the Bold deve focar na famosa Bat-Família, com personagens como Robin, Nightwing e Batgirl.
Para esse enredo, seria necessário um Batman mais maduro, com experiência suficiente para atuar como mentor. Robert Pattinson, por outro lado, interpreta um Cavaleiro das Trevas ainda em seus primeiros anos de combate ao crime – um Bruce Wayne com apenas dois anos de carreira em Gotham. Colocá-lo em um papel de mentor seria prematuro e poderia soar forçado.
Caso Warner Bros. tenha receio de confundir o público com dois Batmans em ação, os espectadores já se mostram familiarizados com o conceito de multiverso, como visto com Homem-Aranha e Spider-Verse.
Apesar das diferenças entre uma animação e um filme live-action, os fãs estão cada vez mais preparados para compreender versões alternativas dos mesmos heróis. Assim, manter Pattinson e um novo Batman no DCU não necessariamente geraria confusão.
Adaptar super-heróis permite explorar décadas de histórias variadas, trazendo diferentes abordagens para personagens icônicos. Ao invés de focar em apenas uma versão do Batman, a Warner poderia aproveitar a oportunidade para diversificar as narrativas em paralelo.
Assim, Pattinson poderia continuar na saga independente de Reeves enquanto o Batman de Gunn atua no DCU. Isso garantiria o melhor dos dois mundos: o estilo sombrio e isolado de The Batman e a dinâmica familiar em The Brave and the Bold, fortalecendo o legado do Cavaleiro das Trevas na cultura pop.
Fonte: Comic Book
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