A atriz Gal Gadot estaria disposta a abandonar seu papel de protagonista em Mulher-Maravilha 2 se o produtor Brett Ratner for mantido em seu cargo. A informação foi divulgada pelo site Page Six, no último domingo (12).
O motivo da revolta de Gal Gadot é que Brett Ratner foi acusado de assédio ou má conduta sexual por pelo menos sete mulheres. Uma das alegações partiu de Ellen Page, que interpretou Kitty Pryde / Lince Negra em X-Men: O Confronto Final, longa dirigido por Ratner.
O site Page Six garante, a partir de uma fonte de Hollywood, que Gal Gadot não quer seguir como Mulher-Maravilha e beneficiar alguém que está sendo acusado de assédio sexual. Em outubro deste ano, ela chegou a desistir de participar de um jantar realizado em homenagem a Brett Ratner.
“Está com uma posição inflexível e defende seus princípios. Ela também sabe que o melhor caminho de atingir pessoas como Brett é na certeira. A Warner Bros. não pode rodar um filme sobre empoderamento feminino sendo co-financiado por um homem acusado de má conduta sexual contra mulheres”, disse a fonte ao Page Six.
As acusações
As atrizes Natasha Henstridge, Olivia Munn e Ellen Page, além de outras quatro mulheres que não foram identificadas, acusaram Brett Ratner de assédio sexual. Conforme reportado ao jornal Los Angeles Times, Henstridge disse que foi alvo da má conduta de Ratner quando ele ainda era um diretor de clipes musicais.
Segundo a atriz, o diretor a obrigou a fazer sexo oral nele. “Me forçou com seus braços, de verdade. Me forçou fisicamente. “Em determinado momento, parei de resistir e ele fez a coisa dele”, afirmou.
Olivia Munn contou, também ao jornal, que Brett Ratner se masturbou na frente dela nos bastidores do filme Ladrão de Diamantes (2004). Ellen Page, por sua vez, publicou o seu relato contra Ratner no Facebook.
Durante um teste de elenco em X-Men: O Confronto Final, Brett Ratner disse a uma mulher 10 anos mais velha que ela: ‘você deve fodê-la para fazê-la perceber que ela é gay’. “Eu sabia que eu era gay, mas não sabia, por assim dizer. Eu me senti violada quando isso aconteceu. Olhei para os meus pés, não disse uma palavra e assisti ninguém mais fazer algo. Eu continuei a observá-lo no set, dizer coisas degradantes para as mulheres. […] Eu tinha 18 anos e não tinha ferramentas para saber como lidar com a situação”, contou.
Por meio de seu advogado, Brett Ratner negou as denúncias feitas contra ele. “Representei o sr. Ratner durante duas décadas, e nenhuma mulher nunca apresentou queixas contra ele por má conduta sexual, ou por assédio sexual”, disse o jurista, Martin Singer. “Muito mais do que isso, nunca uma mulher reivindicou, ou recebeu, qualquer acordo financeiro por parte do meu cliente.”
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