O live-action Branca de Neve, uma das maiores apostas recentes da Disney, se transformou em um dos maiores fracassos da companhia nas bilheterias. Segundo Gal Gadot, que interpretou a Rainha Má no longa, a performance abaixo do esperado não foi apenas resultado de críticas ao filme, mas também do “forte clima político em Hollywood” e da pressão sobre celebridades para se posicionarem contra Israel após os acontecimentos de 7 de outubro.
Em entrevista ao programa israelense The A Talks, repercutida pelo The Jerusalem Post, a atriz afirmou que se divertiu muito durante as filmagens e até destacou a boa convivência com Rachel Zegler, intérprete da princesa. “Eu estava certa de que esse filme seria um enorme sucesso”, disse. No entanto, Gadot acredita que o contexto geopolítico e a pressão em torno das manifestações públicas ligadas ao conflito no Oriente Médio tiveram impacto direto na recepção do longa.
Em hebraico, a atriz declarou ao programa israelense:
Gal Gadot, que já havia enfrentado boicotes em outros trabalhos devido ao seu histórico como ex-integrante das Forças de Defesa de Israel, viu novamente seu nome envolvido em protestos. Em maio, ativistas chegaram a interromper filmagens do seu próximo projeto, The Runner, em Londres. Meses antes, a cerimônia de sua estrela na Calçada da Fama de Hollywood também precisou ser adiada por conta de manifestações.
Enquanto isso, Rachel Zegler, protagonista do longa, vem sendo apontada como apoiadora da causa palestina, algo que teria causado desconforto durante a campanha promocional de Branca de Neve, especialmente com o produtor Marc Platt.
No fim, a Disney amargou uma perda estimada em US$ 115 milhões. O filme arrecadou apenas US$ 205 milhões mundialmente, um número bem abaixo do necessário para cobrir os altos custos de produção e marketing, que chegaram a cerca de US$ 410 milhões. O resultado colocou a produção como o pior desempenho de uma adaptação live-action da Disney em quase uma década. As informações são do Deadline.
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