O universo de Westeros está prestes a ganhar uma nova perspectiva. Em entrevista à Entertainment Weekly, o showrunner Ira Parker, co-criador de ‘O Cavaleiro dos Sete Reinos’ ao lado de George R. R. Martin, explicou o que torna a nova série diferente de tudo o que o público já viu em ‘Game of Thrones’ ou ‘A Casa do Dragão’.
Um novo olhar sobre Westeros
Logo de cara, os fãs vão notar uma diferença importante: não há sequência de abertura.
Em vez da tradicional animação acompanhada pela icônica trilha de Ramin Djawadi, a nova série aposta em um simples título com tipografia medieval, exibido entre as cenas iniciais de cada episódio.
Segundo Parker, essa decisão reflete a simplicidade e a essência do protagonista:
Todas as decisões vieram de Dunk — tentamos canalizar o tipo de pessoa que ele é em cada aspecto da série. Os títulos das séries anteriores eram grandiosos, épicos. Dunk, por outro lado, é direto, simples, sem muito brilho. Ele não tem nada de extravagante.
Um herói diferente dos outros
O ator Peter Claffey, ex-jogador de rúgbi e conhecido por ‘Mal de Família’ e ‘Pequenas Coisas Como Estas’, interpreta Dunk, um jovem escudeiro que decide se tornar cavaleiro após a morte de seu mestre, Ser Arlan de Pennytree (Danny Webb).
Sem dinheiro, mas guiado por honra, Dunk parte para participar de um torneio em Ashford Meadow, onde conhece o garoto Egg (Dexter Sol Ansell), que insiste em ser seu escudeiro.
A primeira temporada adapta os eventos de “O Cavaleiro Andante” (1998), a primeira das novelas “Contos de Dunk e Egg” escritas por Martin — seguidas por “A Espada Juramentada” (2003) e “O Cavaleiro Misterioso” (2010).
Um mundo sem dragões (e sem magia)
A história se passa 50 anos após a morte do último dragão, bem depois dos eventos de ‘A Casa do Dragão’. Parker explica:
Ninguém está pensando em magia neste ponto. É basicamente como a Grã-Bretanha do século XIV — cavaleiros medievais, frio e realidade dura, com um toque de esperança.
Ele reforça que a série foca nas camadas mais baixas da sociedade: armeiros, artistas, taverneiras e prostitutas — longe das intrigas palacianas.
Prometi a George [R. R. Martin] que nunca mudaríamos para a perspectiva dos nobres. Ficaremos sempre com Dunk, Egg e o povo comum.
A queda dos Targaryen
Durante o torneio, Dunk e Egg encontram membros da Casa Targaryen, incluindo o príncipe Baelor Targaryen (Bertie Carvel), seu irmão Maekar (Sam Spruell) e o impiedoso Aerion “Chama Brilhante” (Finn Bennett).
Os dragões já se foram, e com isso, o prestígio da família também:
“Sem o poder que os colocou no trono, o povo começa a se perguntar por que ainda obedecê-los”, comenta Parker.
Um cavaleiro com coração
Para Parker, Dunk é o verdadeiro coração da série:
Você não sabe exatamente o destino final, mas continua caminhando. Esse é o poder dele — seguir em frente, um passo de cada vez.
Sem grandes batalhas, conspirações ou magia, ‘O Cavaleiro dos Sete Reinos’ aposta em uma narrativa intimista e emocional, centrada em personagens simples e suas jornadas pessoais.
Um novo tipo de história em Westeros
George R. R. Martin, que atua como produtor executivo, elogiou os seis episódios da primeira temporada, dizendo que “amou” o resultado.
Já Parker encara o lançamento com empolgação e nervosismo:
Não ter uma abertura grandiosa foi provavelmente a decisão mais estressante que tomei. Mas era o que servia à nossa história.
Quando estreia
‘O Cavaleiro dos Sete Reinos’ será lançado no início de 2026, com exibição pela HBO e Max.
A série também terá um painel especial na New York Comic Con, em 9 de outubro, com a presença de Parker, Martin, Peter Claffey e Dexter Sol Ansell.
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