Willis Gibson, um adolescente de 13 anos, entrou para a história dos videogames ao se tornar a primeira pessoa a “derrotar” a lendária versão original do Tetris para Nintendo, em um feito inédito ocorrido no último mês de dezembro.
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O jogo, famoso por sua dificuldade crescente e ausência de um final definido, encontrou seu mestre em Gibson.
Conhecido no universo gamer como “blue scuti”, Gibson alcançou o que é referido pela comunidade de jogadores como a “tela de eliminação“, um estágio onde o código do Tetris não suporta mais o avanço, resultando em um travamento.
Essa façanha, embora possa não parecer uma vitória tradicional, é altamente valorizada entre os entusiastas dos jogos, pois significa empurrar os limites do que é possível dentro do universo do software.
No dia marcante de 21 de dezembro de 2023, Willis Gibson atingiu a tela de eliminação no nível 157, um marco que está sendo celebrado como uma vitória histórica sobre o jogo.
A conquista não passou despercebida pelos criadores do Tetris. Maya Rogers, CEO da empresa responsável pelo jogo, expressou sua admiração: “Parabéns ao ‘blue scuti’ por alcançar esta conquista extraordinária, um feito que desafia todos os limites preconcebidos deste jogo lendário”.
Com o Tetris se aproximando de seu 40º aniversário, Rogers enalteceu a vitória de Gibson como um “feito monumental“.
A transmissão ao vivo do momento histórico capturou as reações genuínas de Gibson. Visivelmente incrédulo, o jovem foi visto hiperventilando, exclamando “Oh meu Deus“ ao perceber o que tinha alcançado.
Após se acalmar, ao término do jogo, compartilhou uma sensação que muitos jogadores podem se identificar: “Não consigo sentir meus dedos…“.
Nas redes sociais, internautas citaram a habilidade surpreendente de um adolescente de 13 anos e também celebraram a natureza desafiadora e eterna do Tetris – um jogo que continua a testar os limites de jogadores ao redor do mundo, independentemente da idade.
Vencer Tetris era considerado impossível há décadas
Era um marco considerado inatingível durante décadas. O jovem estadunidense realizou o que muitos achavam ser uma proeza impossível: ele “zerou“ a versão do Tetris para Nintendo, um clássico atemporal lançado em 1989.
Os criadores iniciais do jogo não imaginavam tal feito, pois Tetris foi desenhado para ser uma experiência sem fim. As peças aceleram progressivamente, pressionando o jogador até o ponto de colapso.
Para “zerar” o jogo, o jogador deve alcançar pontuações astronômicas, levando o sistema a um estado de sobrecarga e paralisação. A vitória vem quando a máquina não tem mais capacidade de prosseguir.
A conquista desse garoto de 13 anos simboliza uma nova era no potencial humano no mundo digital. Até então, apenas inteligência artificial tinha alcançado tal marco na versão NES (Nintendo Entertainment System) do Tetris.
Um programa sofisticado era capaz de analisar e responder ao jogo com uma precisão e rapidez inumanas. Em 2021, essa IA revelou patamares de jogo que eram inimagináveis para os jogadores humanos.
A realidade do Tetris começa a se alterar nos níveis mais elevados, semelhante à física nos arredores de um buraco negro.
No nível 29, a velocidade do jogo dobra repentinamente e poucos alcançam. Menos ainda sobrevivem por muito tempo. Ao atingir 1 milhão de pontos, os dígitos são substituídos por letras e, eventualmente, símbolos.
A jornada de Gibson foi documentada em um vídeo de streaming de 40 minutos, que mostra quando ele alcança velocidades vertiginosas, estabelecendo novos recordes mundiais e, finalmente, travando o jogo – o sinal de que havia feito o impossível.
Mais do que um feito pessoal, a história de Gibson fala sobre a aprendizagem e expansão dos limites humanos. Tetris não é apenas um jogo, mas uma comunidade vibrante.
Milhares de jogadores se dedicam ao Tetris na plataforma NES, além de streamers, blogueiros e teóricos que compartilham estratégias e recordes. Eles se reúnem anualmente no Campeonato Mundial de Tetris Clássico em Portland, Oregon (EUA).
Este ambiente é um laboratório vivo de inovação e inspiração, um exemplo de “evolução cultural” – um fenômeno onde comunidades humanas desenvolvem e compartilham novas práticas. Um exemplo fora dos games é o ‘Fosbury Flop’, uma técnica de salto em altura que revolucionou o esporte.
A internet e a IA ampliaram essa transmissão de conhecimento, facilitando a aprendizagem de novas habilidades e técnicas.
No Tetris, uma inovação crucial foi o “rolling“, uma maneira diferente de segurar o controle que permite uma resposta mais rápida. Esse método se popularizou recentemente e foi adotado por Gibson em sua jornada recorde.
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