Um dos maiores traumas que o novo reitor da Godolkin, Cipher, trouxe para a série foi sua capacidade de controlar a vontade alheia. Ele é capaz de manipular corpos à distância, ditando as ações das vítimas, mas sem apagar totalmente a consciência delas. Essa dinâmica torna o processo ainda mais cruel, já que a vítima permanece vulnerável e consciente de cada ato contra sua vontade.
No quinto episódio, Jordan Li sofreu diretamente com o controle de Cipher e descreveu a sensação como uma violação.
Esse tipo de abuso não é novidade no universo dos quadrinhos. Existe uma heroína que passou pelo mesmo processo por meses e carrega até hoje o trauma de ser controlada por um vilão: Jessica Jones.
O trauma de Jessica Jones e o Homem Púrpura
Nos quadrinhos da Marvel, Jessica Jones foi manipulada por Zebediah Killgrave, o Homem Púrpura. Ainda em sua fase como a heroína Safira, ela caiu sob o poder de Killgrave, que usava feromônios químicos para dominar totalmente a vontade de suas vítimas.
Jessica permaneceu sob o controle dele por oito meses, período em que sofreu abusos físicos e psicológicos constantes. Mesmo consciente de cada ato, não tinha qualquer poder de escolha.
O ápice desse trauma aconteceu quando Killgrave ordenou que ela atacasse o Demolidor. Confusa e ainda sob influência, Jessica acabou invadindo a Mansão dos Vingadores e enfrentando a equipe por engano, sendo gravemente ferida.
Mais tarde, após ser resgatada, Jessica recebeu ajuda da telepata Jean Grey, que implantou um gatilho mental para que ela pudesse resistir em futuras tentativas de manipulação. Apesar disso, o trauma marcado por Killgrave permaneceu como uma das maiores cicatrizes emocionais de sua vida.
Assim como em ‘Gen V’, o tema do controle mental como forma de abuso se conecta diretamente à experiência de Jessica Jones. A semelhança reforça o impacto de Cipher em Godolkin, ao explorar não apenas o poder bruto, mas também as consequências psicológicas e emocionais que a perda de livre-arbítrio provoca.
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