‘Generation X’: o filme dos X‑Men que todos fingem que não existiu

Roteiristas Ei Nerd

‘Generation X’: o filme dos X‑Men que todos fingem que não existiu

por Cheyna Corrêa

Se você andou em videolocadoras nos anos 90 pode ter esbarrado em Generation X, um live‑action bizarro em que um grupo de adolescentes mutantes treinados pela Rainha Branca e pelo Banshee tenta salvar o mundo. Quatro anos antes de X‑Men chegar aos cinemas, a Fox lançou esse piloto de série em forma de longa-metragem que morreu ali mesmo. Vamos entender por que todo mundo finge que ele nunca existiu.

Geração X nas locadoras

Em 1994 a Marvel lançou a equipe Generation X nas revistas como a terceira divisão dos X‑Men, com personagens como Jubileu, Câmara e Sanguessuga. A Fox viu ali a chance de adaptar mutantes em live‑action. Patrocinado como piloto de série, o filme chegou às locadoras em 1996, mas a falta de familiaridade com os personagens e o orçamento limitado acabaram condenando o projeto.

Desafios de produção

Com apenas quatro milhões de dólares para tudo—figurino, efeitos especiais e salários—foi impossível dar vida a todos os poderes. Dois dos fundadores dos quadrinhos sequer apareceram. O roteiro veio do time de Anjos da Lei e a produtora era a mesma de O Incrível Hulk, mas o resultado soou barato e improvisado diante das ambições mutantes.

Enredo e vilão dos sonhos

A trama gira em torno de Jubileu sendo recrutada pelo Instituto Xavier para Jovens Especiais, sem o próprio Charles Xavier. A ameaça é Russel Tresh, um cientista que controla sonhos para dominar a mente dos mutantes. A batalha final acontece numa dimensão onírica, com a Geração X enfrentando pesadelos num filme que mistura X‑Men e A Hora do Pesadelo de forma inusitada.

Legado cinematográfico

Apesar do fracasso de audiência e da crítica, Generation X deixou um legado curioso: a mansão usada como Instituto Xavier. Filmada no Castelo Hatley, no Canadá, foi reaproveitada em todos os filmes seguintes dos X‑Men. Só sobrou isso da série C que tentou inaugurar um novo capítulo mutante.

Generation X ficou como um curioso relicário das tentativas iniciais de levar mutantes ao live‑action. Um projeto ambicioso, mas pobre de recursos e de fãs.

COMPARTILHE Facebook Twitter Instagram

Leia Também


Mais Lidas

ASSINE A NEWSLETTER

Aproveite para ter acesso ao conteúdo da revista e muito mais.

ASSINAR AGORA