God of War – Todas as criaturas que não são das mitologias Grega ou Nórdica

Vinicius Miranda

A franquia God of War sempre foi conhecida por mergulhar fundo na mitologia, mas o que muita gente não percebe é que o universo da saga vai muito além da Grécia e dos Nove Reinos Nórdicos. Mesmo antes da confirmação oficial de que várias mitologias coexistem no mesmo mundo, a série já vinha deixando pistas claras disso ao introduzir criaturas de origens completamente diferentes.

Ao longo dos jogos e até dos quadrinhos oficiais, Kratos cruza o caminho de seres que não pertencem nem à mitologia grega nem à nórdica. Algumas dessas aparições são sutis, outras bem explícitas, e todas ajudam a expandir ainda mais o escopo desse universo brutal e fascinante.

Uma menção honrosa que virou pista do futuro

Kraken em God of War 2 – Divulgação / Santa Monica Studio

Antes de entrar na lista principal, vale destacar o Kraken em God of War dois. Apesar de ser uma criatura da mitologia nórdica, ele aparece ainda na Grécia, muito antes de qualquer indicação de que Kratos viajaria para os Reinos Nórdicos. Na época, isso soou estranho, mas hoje fica claro que já era um pequeno indício do caminho que a franquia tomaria no futuro.

Efreet: a mitologia árabe escondida em Chains of Olympus

Efreet em God of War: Chains of Olympus – Divulgação / Sony

Uma das criaturas mais esquecidas da saga é o Efreet, apresentado em God of War: Chains of Olympus. Inicialmente invocado pelo Rei Persa, o Efreet acaba sendo utilizado por Kratos após a morte do governante.

O detalhe curioso é que o Efreet não vem da mitologia grega. Ele é um tipo de Djinn, ou gênio, originário da mitologia árabe. Isso confirma que, mesmo nos títulos mais antigos, o universo de God of War já extrapolava fronteiras culturais. A teoria mais aceita é que o Rei Persa tenha obtido a criatura durante campanhas militares em terras árabes.

Infelizmente, o Efreet nunca mais apareceu na franquia. Dentro da narrativa, acredita-se que ele foi retirado de Kratos por Atena e Hélio ao final do jogo, junto com outras armas adquiridas na jornada.

Fera do Caos: a brutalidade da mitologia egípcia

Fera do Caos em God of War: Fallen God – Divulgação / Dark Horse Comics

Nos quadrinhos God of War: Fallen God, Kratos passa pelo Egito e enfrenta uma criatura colossal conhecida pelos habitantes locais como Fera do Caos. Apesar de não ser seu nome oficial, a criatura é basicamente um crocodilo gigante, claramente inspirado na mitologia egípcia.

Durante a história, Kratos enfrenta duas feras desse tipo: uma com aparência de crocodilo e outra ainda maior, semelhante a um hipopótamo. Mais tarde, é revelado que essas criaturas faziam parte de uma provação arquitetada por Atena em conjunto com Thot, o deus egípcio da sabedoria, numa tentativa de convencer Kratos a retornar à Grécia.

A tentativa falha, mas a presença dessas criaturas confirma que o Egito também faz parte desse mundo compartilhado.

Kelpie: o sinal mais claro da mitologia celta

Kelpie em God of War: Ragnarok – Divulgação / Santa Monica Studio

A criatura mais recente da lista é o Kelpie, apresentado em God of War Ragnarök. Ele surge durante a jornada de Kratos, Freya e Mimir em busca das Nornas, atuando como uma espécie de guia até o templo submerso.

O próprio Mimir revela que o Kelpie é originário de suas terras, deixando claro que se trata de uma criatura da mitologia celta. Nos mitos originais, os Kelpies são espíritos aquáticos capazes de assumir a forma de cavalos ou humanos, exatamente como vemos no jogo.

A presença desse ser levantou teorias entre os fãs de que a mitologia celta pode ser o próximo grande foco da franquia. Assim como o Kraken foi uma pista precoce da mitologia nórdica, o Kelpie pode estar cumprindo o mesmo papel agora.

Nada foi confirmado oficialmente, mas as peças estão todas ali, espalhadas diante dos olhos de quem presta atenção aos detalhes.

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