Hancock foi o The Boys de outra época?

William Prado

Hancock foi o The Boys de outra época?

11 anos antes do sucesso de The Boys da Amazon, Will Smith tentou trazer uma nova visão dos super-heróis com Hancock. Embora ambos os projetos abordem temas heroicos, utilizam abordagens bastante distintas.

Hancock foca em relações pessoais, enquanto The Boys explora profundas alegorias sociopolíticas.

Hancock foi lançado em 2008, optou por uma narrativa tradicional de super-herói. Mesmo ofuscado por histórias mais sombrias e realistas, o filme de Will Smith ainda é lembrado por sua tentativa de inovar dentro do gênero.

O filme surgiu em um momento errado? Será que hoje em dia ele seria um sucesso? Vamos relembrar a tragetória de Hancock.

Hancock, embora tenha arrecadado quase 700 milhões de dólares mundialmente, não conseguiu transformar esse sucesso em uma franquia duradoura.

A tentativa de criar um super-herói que não se baseava em figuras conhecidas como Superman, permitiu aos criadores desenvolverem uma personalidade, mitologia e relacionamento com o mundo totalmente novos.

Enquanto The Boys satiriza o contexto social e político usando super-heróis como vilões, Hancock tomou um rumo diferente ao retratar um herói problemático tentando melhorar. A crítica não foi unânime, mas o público deu ao filme uma recepção geralmente favorável.

O filme, que foi lançado dois meses após o primeiro filme do UCM, inicialmente atraiu o público por apresentar um super-herói que quebrava carros e destruía edifícios de maneira acidental.

Uma grande diferença entre The Boys e Hancock foi o lançamento de cada um. Hancock surgiu no início do UCM, o momento em que o  público se encantava com o Homem de Ferro e o universo compartilhado que seria criado a partir de então.

Sátiras de Super Heróis estavam perdendo força na época, enquanto o gênero em si passava ser visto com mais seriedade.  Anos depois, obras como The Boys e Invencível ( agora com um público saturado das mesmas histórias de super heróis), traziam uma visão mais adulta pra aquela criança ou adolescente que cresceu assistindo o UCM.

Nesse contexto, talvez Hancock tivesse oportunidade de ser ainda maior do que foi em sua época de lançamento.

Mesmo com os efeitos visuais que ainda se sustentam, a abordagem de Hancock pode parecer ingênua hoje. No entanto, o filme oferece uma visão de que “o poder absoluto não precisa corromper”. Hancock mantém uma conexão humana sincera, diferenciando-se dos heróis satíricos e sombrios de The Boys.

 

FONTE: CBR

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