Você PRECISA ver a nova série do He-Man, Mestres do Universo: Salvando Eternia

Redação

Você PRECISA ver a nova série do He-Man, Mestres do Universo: Salvando Eternia

Mestres do Universo: Salvando Eternia é a mais nova série do He-Man, lançada recentemente pela Netflix e que é nostalgia pura. Gratificante assistir He-Man depois de tanto tempo, ainda mais sabendo que trata-se de uma espécie de continuação de onde a série dos anos 1980 parou.

E de antemão: os 5 episódios são fantásticos, a série é ótima. Mas o que a faz ser tão boa assim?

Resumindo Mestres do Universo: Salvando Eternia

Atenção: contém spoilers!

A história basicamente conta como Teela caiu de paraquedas em uma aventura para salvar toda a existência do universo… e tudo isso após He-Man ter morrido durante um combate contra Esqueleto.

Detalhando um pouco mais, Esqueleto orquestrou um ataque contra o Castelo de Grayskull, enquanto a Feiticeira estava desprotegida.

[irp posts=”14800″ name=”O verdadeiro nome do Esqueleto de He-Man”]

E tudo isso enquanto estava acontecendo a cerimônia de promoção de Teela para a nova Mentora, que é a maior patente de todo o reino.

Quando príncipe Adam sentiu que a feiticeira precisava de ajuda, ele logo se encarregou de comunicar o Mentor, que aqui aparece seu nome, que é Duncan. Então,  Adam se transforma em He-Man e todo mundo parte em defesa do Castelo de Grayskull.

Mas chegando lá, Esqueleto já estava com metade do plano executado, porque conseguiu acessar o subsolo do Castelo de Grayskull, que acabou se revelando uma tremenda ilusão que esconde a verdadeira identidade dele. O Castelo onde os antigos anciões de Grayskull guardaram a magia que deu origem a todo o universo.

Eis aqui uma pequena crítica à série: qual é o sentido em criar uma ilusão que transforma um castelo em… outro castelo?!??! A intenção não era esconder esse poder todo? Se era, falhou grosseiramente, porque todo mundo sabia que o Castelo de Grayskull tinha poderes mágicos ocultos.

Era como se fosse um esconderijo secreto com uma placa brilhante escrito “ESCONDERIJO SECRETO”. Não teria sido melhor disfarçá-lo em uma montanha ou qualquer coisa parecida? Ficou muito sem sentido.

Enfim, durante a luta, Esqueleto acabou matando um homem planta que protegia o castelo. Esse ato fez He-Man se enfurecer e perfurar o vilão com a espada.

Ao fazer isso, He-Man acertou a espada na fechadura que escondia toda a fonte de magia do universo. Isso expôs a fonte de energia para Esqueleto. Nesse momento, aconteceu algo que é típico dos anos 1980…

Esqueleto entrou em um falatório interminável, explicou tudo e ainda contou todo o plano dele e, enquanto falava, falava e falava… todo mundo parou para ouvir. Ou seja, clichê do vilão dos anos 1980.

Quando Esqueleto acertou a esfera de magia que continha todo o poder do universo, causou uma explosão que iria obliterar tudo, mas a Feiticeira conseguiu parar o tempo para que ela pudesse olhar para Teela mais uma vez. Isso porque a Feiticeira é, na verdade, mãe da Teela.

Mas ao invés de esperar o universo inteiro ser destruído, He-Man absorveu toda a magia do universo para dentro de sua espada e, em seguida, quebrou a espada ao meio, separando-a em duas espadas.

Ao fazer isso, ele perdeu a transformação e Teela percebeu que He-Man e Adam eram a mesma pessoa. Em seguida, ele e Esqueleto desapareceram e foram dados como mortos.

Com o fracasso da missão, Duncan foi banido do Reino e Teela renegou ao reino, por ter se decepcionado com todos que esconderam dela a verdade. Após isso, ela passou os dias seguintes agindo como uma Caçadora de Recompensas com uma amiga que conheceu, que dominava qualquer tipo de tecnologia.

O mais interessante dessa decisão da Teela foi que ela não renegou apenas o reino que ela servia, renegou também a pura e simples existência de magia.

Tudo o que era de origem mágica ela desprezava, era como se alguém se revoltasse com algum tipo de religião. A partir daquele momento, ela só via valor em invenções humanas, como tecnologia por exemplo.

Acontece que, durante uma das missões, Teela e essa amiga dela encontraram uma velhinha que contratou os serviços dela para invadir a montanha da serpente e roubar um cálice, que estava sendo usado em uma cerimônia.

A montanha da serpente havia sido convertida em uma fortaleza cibernética que era controlada pelo Triclope e pelo Mandíbula. Eles fundaram um tipo de seita que idolatra a tecnologia, mais precisamente um tipo de “entidade” que eles chamavam de Placa Mãe.

Enfim, Teela e a amiga invadiram a montanha da serpente e roubaram o cálice, mas quando elas entregaram esse cálice para a velhinha, ela contratou os serviços da Teela de novo, dessa vez pra levá-la até o antigo Castelo de Grayskull.

Chegando lá, a velhinha revelou que o cálice não era cálice nenhum, era o bastão do Esqueleto. A velhinha também revelou que ela era, na verdade, a Maligna que estava disfarçada.

Mas quando Teela estava prestes a entrar em combate contra ela, Pacato apareceu e a impediu. A aventura de verdade começa a partir desse momento, porque a Feiticeira e a Maligna revelam que se a magia do planeta não for resgatada, o universo inteiro vai se desintegrar.

Ela explica que quando He-Man quebrou a espada do poder, na verdade, o que ele fez foi separá-la em duas espadas originais, que foram forjadas juntas para criar a espada do poder.

Essas duas espadas eram originais de Pretérnia e Subtérnia, que são como se fossem o Céu e o Inferno desse universo.

A missão da Teela – e dos novos aliados dela – é ir até esses dois reinos, resgatar as duas espadas originais para que elas possam ser forjadas de novo na Espada do Poder. Só assim a magia de Pretérnia e Subtérnia poderiam, mais uma vez, preencher o universo.

Não escute as críticas! A série do He-Man vale muito a pena

O principal da história foi compartilhado. Confira agora alguns detalhes interessantes desses 5 episódios. Muita gente reclamou que essa série está muito ‘lacradora’, o que é algo questionável.

Primeiramente, em momento algum Teela rouba para ela o protagonismo que era do He-Man. Talvez isso até teria acontecido, caso essa série fosse um reboot. Mas como ela não é, a história traz o He-Man como o protagonista.

Nesses 5 episódios, a Teela precisou assumir esse papel devido a ausência do He-Man. Esse desenho é uma continuação direta da série dos anos 1980. Não é uma aventura nova, e dá sim para conviver com a Teela sendo importante nesses 5 episódios, ainda mais sabendo que o He-Man foi o protagonista em todo o resto.

Ele é o protagonista, a história gira em torno basicamente de resgatar a espada dele para trazê-lo de volta. E um protagonista é exatamente isso, quando a história é definida a partir da existência desse personagem. O que não é lacração e, sim, amadurecimento.

E por falar em amadurecimento, em alguns momentos existem flashbacks da Teela e um deles é quando ela e o He-Man estão em meio ao Oceano lutando contra o Esqueleto e o Aquático. Mas nessa cena o He-Man começa a fazer várias piadas.

Por exemplo, ele diz que o Esqueleto escolheu ser pirata, porque o rosto dele está na bandeira. Diz também que o Esqueleto ficou “a ver navios”.

É de se pensar, “que bobeira que são essas piadas”, mas era exatamente esse tipo de piada que faziam no desenho dos anos 1980 e era disso que os fãs gostavam na época.

Tal reflexão não tem a intenção de desmerecer a importância do desenho original, mas fica evidente o quanto o desenho antigo é antiquado para os dias de hoje. Por isso, muita gente congela no tempo e se recusa a amadurecer.

Se existe uma lição de moral que esse desenho tentou passar é que amadurecer não dói. Estar aberto ao novo, às novas possibilidades, novas ideias, não é ruim. Você pode continuar gostando da série antiga e, ao mesmo tempo, também gostar da série nova.

Outra prova disso é quando o Roboto, que é um robô construído pelo Mentor, dá uma lição de moral sobre o que é uma família. Ele diz que todos os antigos aliados do He-Man não deixam de ser uma família só porque cada um é de uma espécie diferente. Mas o conceito de família vai muito além da herança genética.

Tem quem se incomode com isso, porque esse debate sobre o que é uma família ganhou destaque no Brasil devido ao debate envolvendo casamento e adoção para homossexuais. Se incomodar com isso é coisa de quem vive na Idade Média.

Houve também aqueles que se incomodaram acreditando que forçaram uma relação amorosa da Teela com aquela amiga dela, mas fica claro que o ‘crush’ da Teela é o He-Man.

Quando eles conseguiram entrar em Pretérnia, encontraram lá o primeiro guardião dos poderes de Grayskull, que por sinal se chama Rei Grayskull. Algumas pessoas afirmaram que fizeram ele ser negro para forçar inclusão racial na animação.

Acontece que, mais uma vez, esse pensamento não tem fundamento. Não é como se pegassem um personagem branco e transformassem em um personagem negro.

O personagem sempre foi negro, não existe nenhum Rei Grayskull branco que foi transformado em negro para agradar uma parcela do público. Ele sempre foi negro e qual o problema?

Concluindo, essa série é muito boa e o quinto episódio acaba de um jeito que deixa absolutamente todo mundo implorando pela segunda temporada, ou seja, com o He-Man de volta para enfrentar o Esqueleto mais poderoso que ele já enfrentou na vida.

COMPARTILHE Facebook Twitter WhatsApp

Leia Também


Mais Lidas

ASSINE A NEWSLETTER

Aproveite para ter acesso ao conteúdo da revista e muito mais.

ASSINAR AGORA