Homem-Aranha: o que deu errado e o potencial perdido no Universo Compartilhado da Sony

William Prado

Homem-Aranha: o que deu errado e o potencial perdido no Universo Compartilhado da Sony

A tentativa da Sony de construir um universo expandido do Homem-Aranha tem enfrentado inúmeras dificuldades.

Com filmes como Morbius, Madame Teia e o recém-lançado Kraven, o Caçador, a recepção crítica e comercial tem sido, em grande parte, negativa. Apesar disso, muitos fãs acreditam que o estúdio perdeu a oportunidade de criar um filme de equipe que poderia ter aproveitado todo o potencial de seus personagens icônicos.

As dificuldades do universo da Sony

Desde o início, a Sony enfrentou desafios ao tentar expandir seu universo baseado nos personagens do Homem-Aranha.

A franquia original dirigida por Sam Raimi trouxe dois dos filmes de super-heróis mais amados dos anos 2000, mas encerrou com uma produção que não agradou tanto ao público.

Já a duologia de O Espetacular Homem-Aranha, estrelada por Andrew Garfield, teve um começo promissor, mas tropeçou ao tentar introduzir um universo compartilhado.

Após o sucesso da parceria com a Marvel Studios, que resultou na trilogia de Homem-Aranha protagonizada por Tom Holland e nas aclamadas animações do Aranhaverso, a Sony decidiu seguir sozinha em novos projetos.

No entanto, obras como Morbius se tornaram alvo de piadas entre fãs, enquanto outros lançamentos recentes, como Madame Teia, não conseguiram atrair o público esperado.

Em 2024, o cenário piorou ainda mais com o desempenho decepcionante de Venom: A Última Rodada, surpreendendo por não alcançar o sucesso de seus antecessores.

Um crossover que nunca aconteceu

Apesar dos problemas enfrentados, a Sony tinha ambições de produzir um grande filme de equipe.

Elementos como a presença de Knull em Venom: A Última Rodada indicavam um planejamento para algo maior, possivelmente uma adaptação da saga dos quadrinhos Rei das Trevas.

Especulava-se que o estúdio poderia estar preparando o terreno para reunir personagens como Venom, Carnificina, Abutre e outros, além de explorar o famoso Sexteto Sinistro, brevemente sugerido em cenas pós-créditos de O Espetacular Homem-Aranha 2.

Essa proposta não apenas reuniria grandes vilões, mas também heróis do universo do Homem-Aranha, como Mulher-Aranha, Teia de Seda, Gata Negra e até mesmo o recente Garoto-Aranha.

Para os fãs, a ausência de um filme de equipe representa uma perda significativa, especialmente em um momento em que os filmes de super-heróis voltam a ganhar força no mercado.

Super-heróis em alta novamente

Após alguns anos de incertezas, o mercado de filmes de super-heróis tem mostrado sinais de recuperação. Produções como Deadpool & Wolverine e anúncios relacionados a Vingadores: Guerras Secretas reacenderam o entusiasmo dos fãs.

No lado da DC, o lançamento de Comando das Criaturas também chamou atenção, mostrando o potencial do universo compartilhado da DC Studios.

Nesse contexto, o fracasso da Sony em concretizar seu universo do Homem-Aranha é visto como uma oportunidade desperdiçada.

Embora houvesse riscos consideráveis, um filme de equipe poderia aproveitar o momento favorável e, quem sabe, trazer um novo fôlego ao estúdio.

Personagens com grande apelo

Apesar dos tropeços, personagens como Venom, interpretado por Tom Hardy, e Abutre, vivido por Michael Keaton, continuam populares entre os fãs.

Outros nomes, como Carnificina, de Woody Harrelson, e Knull, de Andy Serkis, também tinham potencial de destaque em um filme de maior escala.

No entanto, com a decisão da Sony de arquivar seu universo expandido, esses personagens marcantes provavelmente não terão mais a chance de brilhar juntos nas telonas.

Embora seja impossível prever o futuro, o encerramento deste capítulo deixa a sensação de que um grande potencial foi deixado para trás, com ideias que, mesmo arriscadas, poderiam ter trazido um impacto significativo ao mercado de filmes de super-heróis.

FONTE: ComicBook

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