O universo cinematográfico está em constante evolução, e, junto dele, a tecnologia também é aprimorada para otimizar algumas atividades. Desde que foi criada, diversos profissionais temem a substituição de suas atuações pela de robôs criados por IA, e, desta vez, quem enfrenta esse dilema são os dublês de filmes de ação.
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O uso de inovações avançadas, como escaneamentos corporais tridimensionais, revolucionou a forma como esses atores são empregados e, consequentemente, gerou questionamentos sobre o futuro de suas carreiras.
Esses “scans corporais 3D” feitos em dublês e atores coadjuvantes permitem usar suas semelhanças físicas para criar “réplicas digitais“ cada vez mais detalhadas, por meio de inteligência artificial.
Elas são capazes de desempenhar qualquer tipo de ação e de conduzir diálogos extensos e complexos, conforme os comandos.
A preocupação se dá também pelas faltas de garantias sobre o uso das imagens e da inovação no futuro, o que motivou o Sindicato dos Atores de Cinema (SAG-AFTRA) e dos roteiristas de Hollywood (WGA, sigla em inglês) a decretar uma greve, que perdurou por quase 150 dias de paralisação.
A movimentação resultou em um acordo entre os mais de 11 mil membros do sindicato, que estipula, entre outros pontos, a proteção contra o uso de inteligência artificial, o aumento de salários e o pagamento de residuais, remuneração com base no sucesso de programas em plataformas de streaming e muito mais.
Foto: iStock
Qual é o potencial de ameaça às carreiras de dublês?
A inteligência artificial permite que os estúdios cinematográficos e as grandes produções explorem técnicas mais potentes para criar sequências de ação mais complexas e repletas de efeitos especiais, como perseguições, tiroteios e outras cenas.
Além disso, seu uso torna o processo mais barato, pois reduz a contratação de humanos e todos os processos que envolvem seu treinamento, condicionamento físico, preparação, dieta com o auxílio de suplementação para o fortalecimento muscular, como a creatina creapure e o whey protein, os encargos com segurança no trabalho, entre outros aspectos.
Algumas produções já estão utilizando esse recurso para cortar alguns gastos produtivos, como no caso da série Game of Thrones e dos lançamentos da Marvel, que precisam de sequências de ação intensas, realistas e planejadas, sem a presença constante dos dublês e coadjuvantes.
Outra preocupação pela perda de oportunidades de trabalho se dá pela substituição humana em cenas muito arriscadas. No entanto, apesar das capacidades da inteligência artificial, há aspectos físicos e emocionais que ela ainda não pode reproduzir com perfeição.
Os dublês trazem não apenas habilidades atléticas, mas também a experiência de situações de risco real. Assim, o principal desafio é encontrar o equilíbrio certo para que ambas as partes prosperem em um setor que continua a se reinventar.
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