IA pode levar humanos para Marte?

Cheyna Corrêa (Texto: Peter Jordan)

Busão pra Marte está saindo e eu te pergunto: tu embarcava? Não tem oxigênio, não tem água, não tem comida, não tem Wi-Fi, e a viagem dura nove meses. Vai encarar? A verdade é que pouca gente toparia. Mas e se a Inteligência Artificial ajudar nessa missão? Aí o papo muda completamente. O sonho de ver o ser humano pisando em Marte pode estar mais perto do que você imagina.

O desafio vermelho

Quando se fala em exploração espacial, Marte é o grande alvo. A Lua já foi — literalmente. O próximo passo é um planeta de verdade. E não, Vênus não rola. Lá é tipo o inferno em forma de planeta: 464 °C de média e uma pressão que esmagaria qualquer um. Marte, por outro lado, parece “sussa” — mas ainda é um desafio absurdo.

E aí entra a IA. As máquinas estão dando o empurrão que a humanidade precisava pra tirar o pé da Terra. Sondas robóticas já estão lá faz tempo, mas colocar um humano é outro nível. Com a ajuda da IA, a gente está decifrando como viver e sobreviver em Marte.

A IA tá abrindo caminho

Pesquisadores criaram um programa de análise por IA que identifica se amostras de solo marciano têm origem orgânica, com 90% de precisão. Isso ajuda a entender se já existiu vida por lá, e mais: se é possível levar vida pra lá.

Outra IA, da Universidade de Oxford, analisa imagens aéreas de Marte e indica os lugares mais promissores pra construir uma base. Tipo um GPS cósmico. A precisão dela chega a 87,5%! É como se dissesse: “Cava aqui, que vai dar bom”.

E lembra do problema do oxigênio? Cientistas chineses desenvolveram uma IA que estuda 30 mil combinações de elementos marcianos para descobrir como gerar oxigênio localmente. Sem precisar levar tubos e tubos da Terra.

A IA no comando da missão

A viagem para Marte é longa — de seis a nove meses, dependendo da rota. E a IA pode reduzir esse tempo, calculando trajetórias mais eficientes, consumo de combustível e poços gravitacionais.

E quando o ser humano finalmente pousar por lá? Vai viver do quê? Já existem projetos de farmbots — robôs que cultivam plantas de forma autônoma, analisando o solo e o ar de Marte para produzir comida. Imagina um exército de robozinhos jardineiros em pleno planeta vermelho!

Mas nem todo mundo tá animado. Cientistas como Martin Rees e Andrew Coates acreditam que só robôs deveriam explorar o espaço. Que enviar humanos é caro, perigoso e desnecessário. Porém, a NASA já está testando robôs humanoides que simulam as tarefas de astronautas — talvez o primeiro passo antes de mandar a gente pra lá.

Deixa o ser humano sonhar

Beleza, manda robô primeiro pra testar, mas não rouba o momento da humanidade, né? O astronauta Leroy Chiao, que já foi ao espaço três vezes, acredita que a chegada do primeiro homem a Marte será um evento ainda maior que o pouso na Lua.

E ele tá certo. A IA é a ferramenta perfeita para essa jornada, mas o sonho — o sonho mesmo — é humano. Então, pode vir IA, pode vir robô, pode vir foguete: o destino final é Marte com a gente lá.

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