A venda antecipada de ingressos para o aguardado filme A Odisseia, de Christopher Nolan, provocou um verdadeiro frenesi entre os cinéfilos — e agora o mercado paralelo está chamando atenção com valores que já ultrapassam R$ 1 mil por assento, de acordo com a Variety. Com sessões Imax 70mm esgotadas em questão de minutos, mesmo faltando um ano para a estreia, os fãs se perguntam: quanto vale a experiência cinematográfica definitiva?
O estúdio Universal Pictures abriu as vendas para sessões especiais de A Odisseia com 12 meses de antecedência, uma estratégia sem precedentes para uma superprodução que ainda está sendo filmada. Mesmo sem tempo de duração confirmado e com as filmagens em andamento no Reino Unido, o longa estrelado por Matt Damon, Tom Holland e Zendaya se tornou um fenômeno instantâneo.
Segundo fontes internas da Variety, 95% dos ingressos para as sessões em Imax 70mm nos EUA foram vendidos em menos de 24 horas, sendo que a maior parte dessas vendas aconteceu na primeira hora. Muitos fãs enfrentaram sites travados ou lentos, enquanto outros optaram por ir pessoalmente aos cinemas garantir seu lugar.
Com a alta procura, surgiram rapidamente anúncios em sites como eBay, com preços até 400% acima do valor original. Um único ingresso em Dallas está sendo oferecido por cerca de US$ 200 (aproximadamente R$ 1.100), enquanto um pacote com quatro ingressos para a sessão em Nova York foi listado por US$ 1 mil (coisa de R$ 4.400). Vale lembrar que esses valores são referentes a assentos regulares — alguns nem sequer são nas fileiras centrais.
Essa reação massiva reflete o status de Nolan como marca própria, conhecido por obras como Batman: O Cavaleiro das Trevas, A Origem e o vencedor do Oscar Oppenheimer. Mais do que apenas assistir ao filme, o público busca vivenciar a obra como o diretor idealizou: em película de 70mm projetada em salas Imax, com qualidade visual incomparável.
Para muitos especialistas, o sucesso das vendas antecipadas representa um novo caminho para a indústria cinematográfica. Em tempos de recuperação pós-pandemia, criar senso de evento com estratégias ousadas pode ser o diferencial, avalia a revista norte-americana.
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