Apple terá que se explicar ao Procon por venda do iPhone 12 sem carregador

Augusto Ikeda

Apple terá que se explicar ao Procon por venda do iPhone 12 sem carregador

A Apple tomou a decisão de não vender o iPhone 12 com carregador (e também fone de ouvido) na caixa, o que irritou muitos clientes. E aqui no Brasil, essa opção pode trazer problemas para a empresa: o Procon-SP já a notificou e pediu explicações.

Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, a decisão da Apple pode ser configurada como prática abusiva, já que o iPhone precisa do carregador para funcionar, bem como uma venda casada, pois o consumidor terá de comprar o acessório.

“A venda separada do aparelho e do carregador é uma inovação que pode configurar prática abusiva, pois um precisa do outro para ter utilidade. A Apple praticamente obriga o consumidor a fazer duas compras do mesmo produto; é quase uma venda casada”, afirmou.

O Procon-SP já pediu para a Apple as seguintes informações:

  • Quais razões fundamentam a decisão comercial da empresa
  • Qual será o custo dos dispositivos ofertados em separado
  • O que será disponibilizado para aquisição do consumidor para que seja efetuada a recarga e qual o tempo de previsão de carregamento do aparelho com o novo dispositivo
  • Se o consumidor tem alternativa para utilização de outros dispositivos com a mesma função
  • Como se dará o atendimento em garantia, já que os itens serão comprados em períodos distintos.

A Apple terá até sexta-feira (30) para se explicar.

O site Tecmundo procurou a Apple e a companhia disse que não irá se manifestar sobre a notificação.

No evento de apresentação do iPhone 12, a empresa afirmou que tomou a decisão por questões ambientais, com o intuito de diminuir emissões de carbono e gerar menos lixo eletrônico.

Sobre a Apple

Uma das empresas que se tornou referência quando o assunto é tecnologia é a Apple. A companhia foi fundada em 1976 por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne. Ela começou sua jornada vendendo computadores pessoais.

Ao longo dos anos 1980, a companhia cresceu bastante e ganhou relevância no mercado, mas também foi nesta década que Jobs e Wozniak a deixaram.

A partir dos anos 1990, ela começou a perder terreno para rivais como a Microsoft e a Intel, o que fez sua diretoria recontratar Jobs, que se tornou CEO em 2000.

Após conseguir se recuperar, Jobs achou melhor que a companhia focasse em produtos eletrônicos e, em 2007, lançou seu produto mais famoso e cobiçado dos tempos atuais: o iPhone.

Em 2011, Jobs faleceu em decorrência de um câncer e, desde então, a Apple é chefiada pelo executivo Tim Cook.

Além do iPhone, a empresa também produz seus famosos computadores Mac, iPad, iPod, Apple Watch, Apple TV e os fones AirPods.

Ela também conta com alguns softwares, como o sistema operacional iOS e o media player iTunes, bem como serviços online, como a App Store e a Apple Music.

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