O diretor Dan Trachtenberg, conhecido por sucessos como ‘Rua Cloverfield, 10’ e ‘O Predador: A Caçada’, contou uma história curiosa envolvendo o cineasta James Cameron durante a produção de seu novo longa, ‘Predador: Terras Selvagens’.
O filme, que está em cartaz nos cinemas, transforma o icônico Predador (Yautja) em protagonista pela primeira vez e promete renovar a franquia.
Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Trachtenberg revelou que Cameron inicialmente acreditava que o projeto “não iria funcionar”, mas mudou completamente de opinião após assistir ao corte quase finalizado.
“Quando ele se sentou [para o jantar], disse: ‘Estive pensando sobre o que você está fazendo e acho que vai funcionar’.
Então, toda aquela energia me impulsionou de volta para Auckland para contar à minha equipe. A bênção desse cara — que já enfrentou desafios impossíveis e venceu — foi algo incrível”, contou o diretor.
Meses depois, Cameron confessou que havia duvidado do conceito no início.
“Tenho que ser honesto com você. Quando ouvi o que você estava fazendo, achei que não ia funcionar. Mas, santo Deus, você conseguiu.”
Trachtenberg comentou, aos risos, que o lendário cineasta pode ter esquecido da primeira conversa — ou simplesmente sabia exatamente o que dizer para motivar alguém em seu lugar.
“Ele colocou vento em nossas velas nos momentos certos, e tive que garantir que o agradecimento especial a ele estivesse nos créditos.”
Um novo olhar sobre o Predador
Com ‘Predador: Terras Selvagens’, Trachtenberg decidiu transformar o caçador em herói, apresentando uma história centrada no Yautja chamado Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi).
No longa, ele forma uma improvável aliança com Thia (Elle Fanning), uma andróide da corporação Weyland-Yutani.
Segundo o diretor, a decisão de colocar o alienígena como protagonista não foi uma tentativa de explorar a origem do personagem, mas de mostrar um novo lado de seu código de honra.
“O Predador original de 1987 era empolgante porque se destacava entre os filmes de terror da época. […] Vimos que ele lutava com um código, com inteligência e honra. Eu só abri um pouco mais essa porta, sem deixar que o filme se tornasse mais sobre o universo do que sobre a história.”
A bênção de Shane Black
Outro momento marcante para Trachtenberg foi o reconhecimento público de Shane Black, diretor de ‘O Predador’ (2018) e roteirista de ‘O Último Boy Scout’.
O cineasta afirmou que Trachtenberg “salvou a franquia”.
“Sou um grande fã de Shane Black, e no ano em que Prey foi lançado, o encontrei no Saturn Awards. […] Ele se aproximou e disse: ‘Eu estraguei [a franquia Predador], e você a tornou incrível’. Ele disse coisas que mal consegui processar”, relembrou o diretor.
Um futuro promissor para a saga
Após revitalizar a franquia com ‘O Predador: A Caçada’ (Prey) e o animado ‘Predador: Assassino de Assassinos’, Trachtenberg afirmou que a mitologia dos Yautja ainda tem muito a oferecer.
Para ele, o código de honra do Predador permite combinar ação intensa com emoção verdadeira, equilibrando o instinto de caça com reflexões sobre poder, dignidade e confronto.
“O Yautja busca o adversário mais digno, e todos nós estamos sempre nos medindo — com nós mesmos, com os outros e com o mundo. Isso cria um espelho emocional poderoso. Essa franquia me permite fazer exatamente o tipo de filme que amo”, concluiu.
Confira o trailer de ‘Predador: Terras Selvagens’ abaixo:





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