Ter um total de 16 estatuetas do Oscar na estante de casa pode não ser cientificamente comprovado como fonte de superpoderes, mas garante uma confiança inabalável. Quem provou essa teoria recentemente foi o lendário cineasta James Cameron, que não hesitou em confrontar os poderosos executivos da Disney. O motivo dessa disputa acalorada foi a ambição do diretor em expandir a sua franquia Avatar para, pelo menos, cinco filmes grandiosos nos cinemas.
O primeiro longa-metragem, lançado originalmente em 2009, revolucionou completamente a tecnologia cinematográfica e trouxe os efeitos 3D de volta com uma qualidade visual nunca antes vista. Além de todos os avanços técnicos que entregou para Hollywood, Cameron também conquistou bilhões de dólares em bilheterias ao redor do mundo. Esse lucro absurdo deveria viabilizar as sequências automaticamente, mas a visão inicial dos executivos do estúdio era bem diferente da dele.
A resistência da Disney
Em uma entrevista recente ao portal Discussing Film, o diretor contou detalhes de como precisou enfrentar uma forte resistência interna no estúdio do Mickey. A tensão começou quando ele decidiu que o plano original de uma trilogia para Avatar seria modificado drasticamente para uma cinessérie muito maior. Inicialmente, a ideia mudou para quatro filmes e, pouco tempo depois, o projeto cresceu para totalizar cinco longas-metragens épicos.
O cineasta explicou que a equipe de roteiristas estava trabalhando em três histórias quando a complexidade da trama exigiu mais tempo de tela para ser contada. Dois desses roteiros iniciais precisaram ser divididos, o que resultou na separação da narrativa original de Avatar: O Caminho da Água. Essa divisão estratégica gerou o quarto filme da saga, intitulado Avatar: Fogo e Cinzas, que tem sua grande estreia marcada para o dia 19 de dezembro.
O argumento de 2 bilhões de dólares
James Cameron revelou que a diretoria do estúdio não ficou nada feliz com essa mudança repentina de planos e tentou barrar a expansão da franquia. Foi exatamente nesse momento tenso que ele usou a carta mais forte que tinha na manga para encerrar a discussão de vez. O diretor questionou os executivos de forma direta e bastante irônica sobre o sucesso financeiro estrondoso do primeiro filme da saga.
Segundo o próprio criador do mundo de Pandora, o seu contra-argumento foi matador e calou a sala de reuniões quase que imediatamente. Ele perguntou aos chefões:
Espere um minuto. Que parte de faturar US$ 2 bilhões vocês não entenderam?
Essa frase icônica mostra que, mesmo com toda a arte envolvida, o dinheiro ainda é o argumento final em Hollywood.
E você, acha que a Disney estava certa em ter receio ou James Cameron tem crédito de sobra para fazer quantos filmes quiser? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe essa notícia com aquele amigo que é fã de Pandora!





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