James McAvoy e James Watkins revelam os detalhes do final surpreendente de Não Fale o Mal

William Prado

James McAvoy e James Watkins revelam os detalhes do final surpreendente de Não Fale o Mal

O diretor James Watkins e o ator James McAvoy compartilharam suas impressões sobre o polêmico desfecho do filme Não Fale o Mal, uma nova versão do suspense dinamarquês de 2022.

Embora ambos os filmes partilhem a mesma premissa — duas famílias que se conhecem durante as férias e, posteriormente, vivem uma situação desconfortável na casa de campo de uma delas —, o diretor britânico optou por uma abordagem diferente para o final, que tem gerado muitos comentários entre os fãs.

Na versão original, dirigida por Christian Tafdrup, o casal visitante segue obediente até o fim trágico, escavando literalmente suas próprias covas em uma cena marcante.

Na releitura de Watkins, os personagens vividos por Scoot McNairy e Mackenzie Davis não aceitam o destino passivamente. “Em parte porque eu tinha personagens americanos, não queria que eles fossem totalmente complacentes,” explicou Watkins.

Segundo ele, a ideia de resistência é mais compatível com os protagonistas americanos. “Conversei sobre isso com o Scoot, e ele disse: ‘De jeito nenhum, cara. Eu sou do Texas.’”

O novo filme também investiga como a polidez e as normas sociais podem ser um obstáculo diante de comportamentos ameaçadores.

Watkins destaca que seu objetivo era mostrar “como todos podemos ser limitados pelas regras sociais e pela nossa própria polidez” e como isso pode impedir uma reação adequada em situações de perigo.

Enquanto o filme dinamarquês foca na impotência dos personagens, a versão de Watkins busca explorar como os mesmos personagens podem tentar resistir, mesmo que de forma ineficaz, quando confrontados com violência.

“Agora estamos em um mundo onde não há essa violência e, quando ela aparece, como você reage?”, reflete o diretor.

Scoot McNairy, que interpreta um dos protagonistas, revela que ficou satisfeito com a abordagem mais ativa de seu personagem. “Eu amei o filme original. Quero dizer, eu realmente amo,” afirma McNairy.

“Mas uma das coisas que não me agradou ao assistir à versão dinamarquesa foi que eu realmente queria que aqueles pais fizessem algo no final, pelo menos tentassem lutar.”

Para ele, a adaptação de Watkins foi capaz de trazer um senso de realização que faltava na versão original.

Mackenzie Davis, que divide a tela com McNairy, também elogia a nova abordagem, apesar de apreciar o final original. “Eu sou meio esquisita, então gostei do final original,” comenta com humor.

No entanto, ela admite que, após assistir ao sofrimento dos personagens durante o filme, “Eu quero que haja uma conclusão. Eu quero sentir que posso respirar no final.”

Apesar de as novas atitudes dos personagens serem mais combativas, Não Fale o Mal evita finais típicos de filmes de ação de Hollywood.

“Adoro que o filme não tenha um final heróico de Hollywood com um herói sem hesitação,” explica McNairy. O foco, segundo ele, está em demonstrar que há “força na fraqueza” e que ser um bom pai e marido também é uma forma de resistência.

A nova versão de Não Fale o Mal já está em cartaz nos cinemas, prometendo surpreender o público com seu final único e suas reflexões sobre os limites da cordialidade e da sobrevivência.

FONTE: EW

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