A inesperada decisão de Joaquin Phoenix de abandonar o novo filme do diretor Todd Haynes, um drama romântico ambientado na década de 1930, causou uma onda de indignação em Hollywood.
A saída ocorreu apenas cinco dias antes do início das filmagens no set em Guadalajara, México, deixando a equipe e os produtores em uma situação delicada.
Fontes ligadas à produção afirmam que “houve uma enorme quantidade de indignação” entre os produtores devido à retirada de Phoenix, uma vez que o ator foi quem inicialmente sugeriu o projeto a Haynes e aos produtores da Killer Films, Christine Vachon e Pamela Koffler.
A saída de Phoenix, considerada repentina e sem explicação clara, pode abrir espaço para um processo judicial contra ele, de acordo com informantes.
O filme, que também teria a participação de Danny Ramirez, conhecido por seu papel como o novo Falcão no Universo Cinematográfico Marvel (UCM), era centrado em um romance gay intenso na década de 1930.
Segundo relatos, Phoenix teria ficado inseguro com o projeto na fase final de preparação, apesar de seu envolvimento inicial. Representantes do ator e da Killer Films não comentaram o caso.
Histórico de inseguranças de Joaquin Phoenix
Joaquin Phoenix não é estranho a situações de tensão antes das filmagens. Fontes revelam que ele já ameaçou abandonar o filme Napoleão, de Ridley Scott, caso Paul Thomas Anderson, diretor de O Mestre, não fosse chamado para fazer ajustes no roteiro.
No entanto, após suas exigências serem atendidas, Phoenix permaneceu no projeto, que foi lançado nos cinemas no ano passado.
O ator já admitiu, em entrevista a Anderson Cooper para o programa 60 Minutes, que sente “pavor” ao aceitar novos papéis e que, antes das filmagens, fica “nervoso” por temer não conseguir “expressar suas ideias da maneira correta”.
Este comportamento, embora incomum, não parece ter prejudicado sua carreira até o momento. Alguns até acreditam que isso tenha contribuído para seu sucesso nas premiações.
No meio cinematográfico, há discussões sobre a possibilidade de processar Phoenix por sua retirada de última hora.
Alguns comparam o caso com o de Kim Basinger, que em 1993 foi processada por abandonar o filme Encaixotando Helena, sendo condenada a pagar quase 9 milhões de dólares em danos. Mais tarde, esse valor foi reduzido para 3,8 milhões em um acordo.
Outro exemplo citado é o de Bruce Willis, que saiu do filme Broadway Brawler durante as gravações. Em consequência, ele teve que participar de três filmes da Disney por valores abaixo de seu cachê usual. Dois desses filmes, Armageddon e O Sexto Sentido, acabaram sendo grandes sucessos.
No entanto, apesar da repercussão negativa, muitos acreditam que Phoenix não sofrerá danos significativos à sua carreira. “Enquanto ameaçarem, ele vai chegar a um acordo. Isso não é nada para ele”, afirmou um agente não relacionado ao projeto de Haynes.
Este profissional prevê que Phoenix pode acabar resolvendo o problema com um acordo financeiro, já que seus ganhos com os filmes do Coringa são suficientes para lidar com a situação.
Essa controvérsia pode lançar uma sombra sobre a campanha de divulgação de Coringa: Delírio a Dois, que será lançado em 4 de outubro.
Phoenix, que tradicionalmente evita dar entrevistas durante as estreias, pode enfrentar dificuldades adicionais em tapetes vermelhos e conferências de imprensa, especialmente após a decisão de abandonar o filme de Haynes.
Apesar disso, a expectativa é que Coringa: Delírio a Dois seja mais um grande sucesso de bilheteria, o que minimizaria qualquer impacto negativo sobre a imagem do ator.
Joaquin Phoenix abandona filme com romance gay poucos dias antes das filmagens
FONTE: THR
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