Jogamos o Beta Fechado de Call of Duty: Black Ops 7; é promissor?

Cheyna Corrêa (Texto: Vinícius Miranda)

Jogamos o Beta Fechado de Call of Duty: Black Ops 7; é promissor?
Imagem: Activision

O mês de outubro chegou com tudo. É o mês mais movimentado da indústria dos games quando se trata de lançamento. E esse ano, ele começou com a chegada do beta multiplayer de Call of Duty, que é quase tão esperada quanto aquela primeira golada quente de café em dia frio. Você sabe o que vai encontrar — tiroteios, adrenalina, caos controlado — e ainda assim se empolga toda vez. Neste ano, a versão fechada do beta de Black Ops 7 entrega bem disso, com pitadas novas que deixam com vontade de continuar jogando.

Expectativa vs. Realidade: nem tudo são flores

Como todo o beta, tem seus percalços. Há relatos de jogadores sofrendo vários crashes seguidos que impediram a realização de partidas em grupo. E de fato, principalmente no começo, o jogo sofreu com travamentos bizarros que deixava a gente mais tempo reiniciando Black Ops 7 do que efetivamente atirando.

Apesar disso, uma vez passado o perrengue, rolou aquela diversão clássica de Call of Duty. Mesmo com os tropeços, o resultado final foi diversão. Porque, no fim das contas, CoD acerta no básico: combate ágil, mira precisa, tiroteios tensos. Isso não falta por aqui — e acho que ninguém faz isso melhor.

Foco em eSports

As partidas multiplayer são bem dinâmicas, dignas de eSports. Aliás, a impressão que dá é que Black Ops 7 está ainda mais focado no competitivo que os jogos anteriores. Exibindo as melhores jogadas, instigando os jogadores a realizarem manobras mirabolantes, entre outras coisas. Todos os tipos de modalidades, desde o clássico mata-mata até uma espécie de rouba bandeira, são muito dinâmicos e você não consegue ficar parado um segundo.

E como todo multiplayer, é até impressionante o quão os jogadores já são viciados mesmo no primeiro dia de beta. Quem é só casual ou novato tá sofrendo nas gameplays desse multiplayer. E isso pode afastar um certo grupo de jogadores.

O que mudou no Omnimovement

O grande destaque desta edição é o aprimoramento no sistema Omnimovement, introduzido em Black Ops 6. Se você já curte movimentos estilo “John Woo com metralhadora”, prepare-se: agora você pode fazer wall runs, wall jumps e deslizar no chão de forma mais fluida.

Antes, ao cair no chão (“drop prone”), você ficava lento e vulnerável. Agora, dá pra deslizar, pular de parede em parede (até três saltos seguidos!) e manter o tiro ativo — sem ficar com a arma mascando ou travada durante a transição. É ação cinematográfica, pura adrenalina.

Confesso que ainda não domino os saltos perfeitamente — errar mira enquanto salta pra cima ou pra baixo é normal. Mas a sensação é viciante. Posso dizer que wall jump é meu novo vício no beta.

Mapas: boas arenas, com potencial

Nesta fase fechada, são três mapas: Cortex, The Forge e Exposure. Nenhum deles me deixou boquiaberto, mas também nenhum é ruim. Achei Cortex o mais equilibrado: zonas externas perigosas, espaços internos apertados e equilíbrio pra jogos de objetivos e deathmatch.

Exposure favorece bastante o uso dos wall jumps — há contêineres suspensos que convidam pro salto. E The Forge traz algo curioso: no centro do mapa, há uma parede giratória em quatro partes. Em modos como Hardpoint, isso cria um vaivém imprevisível — não é só esconder e atirar; é pensar no elemento dinâmico do ambiente.

Dizem que há um quarto mapa chamado Imprint no pacote oficial, mas ainda não apareceu para mim no beta.

Armas: acertos, surpresas e ressalvas

Depois de desbloquear várias armas, posso adiantar algumas primeiras impressões:

  • M10 Breacher (shotgun default): forte demais para arma de início. Acerta inimigos em distâncias que parecem desafiar a física — e sem exigir mira fina.

  • XR-3 ION (sniper): surpreendente pelo equilíbrio. Não é superpoderosa, mas cada kill parece merecida.

  • SMGs: disponíveis três neste beta, mas ainda não me convenceram. A sensação é de que faltam “um ou dois tiros” para finalizar. Talvez com upgrades melhorem.

  • LMG Mk. 78: idem aos SMGs — pesado, lento para matar, precisa de tempo e upgrades para valer a pena.

  • Rifles de assalto (Assault Rifles): aqui está o “plano seguro”. Já joguei bastante com o M15 MOD 0 e estou a um nível de destravar o Peacekeeper Mk.1, que — segundo o beta — pode dominar o multiplayer.

Recursos promissores no horizonte

No lançamento final, há recursos que me deixaram animado:

  • Poder trocar loadouts com amigos ou copiá-los de inimigos que te matar

  • XP valendo para todos os modos, não cada um isolado

  • A possibilidade de re-roll nos desafios diários (para não ficar preso a algo que você não curte)

  • Armas com camos incríveis para personalizar visualmente

Vale a pena esperar pelo jogo completo?

Esse primeiro toque no beta de Call of Duty: Black Ops 7 nos convenceu de algo importante: estamos em boas mãos. Treyarch parece ter pegado o legado de Black Ops 6 e refinado o que já era bom, enquanto adicionou elementos frescos que nos deixaram com vontade de experimentar tudo.

Sim, há bugs — sempre haverá num beta. Mas a base está sólida, o combate está afiado e as novidades são divertidas. Mal podemos esperar pela versão aberta e por destravar tudo até o nível máximo.

Quando quiser, posso preparar uma versão final para o lançamento ou uma análise mais técnica com comparações entre mapas e armas — o que você prefere que vá pra público primeiro?

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