por Cheyna Corrêa
Todo mundo já ouviu falar de John Wayne Gacy, o infame “Palhaço Assassino” que aterrorizou os Estados Unidos nos anos 70. Mas o que pouca gente sabe é a possível conexão dele com um dos projetos mais sombrios da história do governo americano: o Projeto MKUltra.
Sim, estamos falando de controle mental, drogas alucinógenas, tortura psicológica e experimentos secretos da CIA. Parece ficção científica, mas aconteceu de verdade. E se eu te disser que tem gente que acredita que o próprio John Wayne Gacy pode ter sido uma das cobaias desse experimento doentio?
Quem foi John Wayne Gacy?
Nascido em 1942, em Chicago, Gacy teve uma infância marcada por abusos do pai e repressões severas. Na vida adulta, era o típico cidadão exemplar: casado, empresário, envolvido com a política e até se vestia de palhaço para animar festas infantis, com o personagem “Pogo”.
Mas por trás desse disfarce amigável, ele escondia um dos maiores horrores já vistos na história criminal dos EUA. Entre 1972 e 1978, Gacy abusou, torturou e matou 33 jovens, enterrando a maioria dos corpos no porão da própria casa.
Quando foi preso, em 1978, o que a polícia encontrou no local parecia um cemitério subterrâneo. Durante o julgamento, ele tentou alegar insanidade, mas foi condenado à morte e executado em 1994.

Imagem: Departamento de Polícia Des Plaines
O que foi o Projeto MKUltra?
O MKUltra foi um projeto secreto da CIA, que rolou dos anos 50 até os 70. O objetivo? Desenvolver técnicas de controle mental para usar em inimigos de guerra — e talvez até em civis. Os métodos usados incluíam hipnose, choques elétricos, isolamento sensorial, e claro, LSD.
As “cobaias” eram pessoas em situação vulnerável: presidiários, imigrantes, pacientes psiquiátricos… gente que, se sumisse ou enlouquecesse, ninguém daria falta. Isso tudo veio à tona apenas nos anos 70, quando documentos vazaram.
E é aí que entra a parte mais polêmica: teria John Wayne Gacy feito parte desse projeto?
As teorias mais sombrias
Alguns pesquisadores e conspiracionistas levantam três possibilidades assustadoras envolvendo Gacy e o MKUltra:
- Gacy foi cobaia do MKUltra
Dizem que Gacy, ainda jovem, pode ter sido internado em instituições onde experimentos foram feitos sem consentimento. Ele teve crises de saúde misteriosas, desmaios, amnésias, e foi afastado da escola por longos períodos — tudo compatível com relatos de cobaias do projeto. - Seus assassinatos seguiam um padrão ritualístico
Gacy matava suas vítimas sempre do mesmo jeito, com métodos calculados e até frios demais, o que levanta suspeita de condicionamento mental. Alguns relatos indicam que ele apresentava múltiplas personalidades e lapsos de memória, como se fosse uma marionete programada, um verdadeiro “Candidato Manchuriano”. - Protegido até perder o controle
A pergunta que não cala: como ele matou tantos por tanto tempo sem ser descoberto? Denúncias, cheiro estranho vindo da casa, jovens desaparecidos… tudo ignorado por anos. Será que alguém o protegia? Será que ele era útil para algo maior, até se tornar incontrolável?

John Wayne Gacy (Imagem: Redes Sociais)
Verdade ou delírio?
A CIA nunca confirmou qualquer envolvimento com Gacy, e a maior parte dos arquivos do MKUltra foi destruída em 1973. Mas essa teoria ganhou força porque outros criminosos da época de fato estiveram ligados ao projeto:
- Ted Kaczynski (o Unabomber) participou de testes psicológicos em Harvard relacionados ao MKUltra.
- Charles Manson passou por reabilitações suspeitas e foi solto várias vezes sem explicação.
- Richard Ramirez (Night Stalker) apresentava sinais de dissociação e comportamento induzido.
Não dá pra afirmar que Gacy foi parte de um experimento, mas as coincidências existem. E o comportamento instável dele, com mudanças de personalidade, falta de arrependimento e até tentativas de venda de quadros de palhaço enquanto estava no corredor da morte, só aumentam o mistério.
A verdade talvez nunca seja revelada. Mas se tem algo que aprendemos com o MKUltra é que o impossível pode ser real, e que os maiores horrores às vezes vestem fantasias e sorrisos falsos.
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