A carreira de um ator de Hollywood é uma montanha-russa de acertos e erros. Até mesmo lendas consagradas como Julianne Moore têm aqueles projetos que prefeririam esquecer no fundo da gaveta. Vencedora do Oscar por sua atuação devastadora em Para Sempre Alice (2014), a atriz de 64 anos abriu o jogo em uma entrevista ao The Guardian e revelou qual produção ela considera a “mais vazia” e sem sentido de sua filmografia.
Embora tenha tentado desconversar inicialmente dizendo que nunca apontaria o dedo para um trabalho específico, a sinceridade falou mais alto. Segundo Moore, o troféu de pior filme de sua vida vai para o thriller de ação O Vidente (Next), lançado em 2007.
“Um nada que dura duas horas”
A crítica da atriz à própria obra foi impiedosa. “É sobre nada. É [um nada] que dura duas horas ainda! Eu acho que eu era uma agente do FBI no filme“, disparou ela. O comentário sobre não lembrar exatamente a função de sua personagem reforça o quanto a experiência foi esquecível para a estrela, que na época já acumulava quatro indicações ao Oscar por clássicos como Boogie Nights e As Horas.
Ou seja, não foi um “erro de principiante”. Moore já era uma das atrizes mais respeitadas do mundo quando aceitou participar do projeto, o que torna a escolha ainda mais curiosa.
Fracasso de crítica e bilheteria
Protagonizado por Nicolas Cage, o filme tinha potencial no papel. A história é baseada em um conto do lendário autor de ficção científica Philip K. Dick, a mente por trás de obras-primas que inspiraram Blade Runner e Minority Report.
Na trama, Cage vive Cris Johnson, um mágico de Las Vegas com o dom de prever o futuro alguns minutos à frente. Moore interpreta Callie Ferris, a agente do FBI que tenta recrutá-lo para impedir um ataque terrorista nuclear.
No entanto, a execução deixou muito a desejar. O filme foi massacrado pela crítica, amargando apenas 28% de aprovação no Rotten Tomatoes. Financeiramente, também foi um desastre: com um orçamento de US$ 78 milhões, a produção arrecadou apenas US$ 77 milhões mundialmente, dando prejuízo ao estúdio. Pelo visto, nem o dom de prever o futuro poderia ter salvado Julianne Moore dessa “bomba”.






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