Jurassic World: estúdio terá que indenizar surfista brasileiro

Giovanna Camiotto

Jurassic World: estúdio terá que indenizar surfista brasileiro

A Justiça de São Paulo condenou o estúdio Universal Pictures Brasil a pagar uma indenização de R$ 25 mil para o surfista Felipe Cesarano por uso indevido de imagem no filme Jurassic World: Reino Ameaçado (2018).

Cesarano é um surfista brasileiro especializado em ondas grandes, que chegam a ter 21 metros, o equivalente a um prédio de 7 andares. O filme exibiu uma onda na qual ele surfou na praia de Jaws, no Havaí, em 2016.

Foi difícil acreditar que uma produtora da magnitude da ré teria tido uma postura dessas“, afirmaram à Justiça os advogados Antonio Carlos Amorim e Felipe Amorim.

Não se deu o trabalho nem de alterar a cor da prancha do Felipe. A única diferença, talvez, seja a edição de um dinossauro indo de encontro a ele, no qual é quase comido e devorado”.

A defesa da Universal Pictures afirmou que a cena que “supostamente conteria a imagem” de Cesarano tem apenas quatro segundos, sem qualquer destaque ou relevância no filme.

Considerando a distância, foco, os múltiplos elementos que compõem cena e a sua curta duração, não é possível identificar com segurança o autor [do processo] em nenhum momento, seja no filme em si ou em sua divulgação“, afirmou o estúdio, acrescentando que “o ponto principal da cena é o enorme dinossauro, que sai da água para atacar os surfistas“.

O juiz Guilherme Santini Teodoro não aceitou o argumento e afirmou que a empresa violou o direito de imagem de Cesarano, que foi reconhecido por pessoas do meio esportivo no filme. O estúdio ainda pode recorrer.

Relembre a cena:

Surfista se surpreende ao se ver em Jurassic World 2 e pensa em ação judicial

Sobre Jurassic World

A franquia Jurassic Park (também referida como Jurassic World nos últimos anos), é a grande responsável pelo interesse de muita gente por paleontologia e dinossauros em geral, ainda que não seja tão cientificamente correta.

A história começa há alguns milhões de anos ou, mais precisamente, em 1993, quando saiu o primeiro filme.

A ideia da franquia envolve a recriação de algumas espécies de dinossauros através de fragmentos de DNA localizados em ossos e em insetos presos em âmbar. Os répteis recriados seriam colocados em uma espécie de parque temático, onde seriam exibidos ao público. Não é preciso dizer que a empreitada deu muito errado.

Os filmes são baseados nos livros de Michael Crichton e acabaram se tornando não só um marco do cinema, como um ícone da cultura pop. O crescimento da popularidade do assunto “dinossauros” é inegável e algumas cenas icônicas foram referenciadas à exaustão, bem como a estética dos filmes em si, incluindo a trilha sonora.

Depois dos 3 primeiros longas – Jurassic Park (1993), O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997) e Jurassic Park III (2001) – a franquia passou a se chamar Jurassic World, com um filme homônimo de 2015, Jurassic World: Reino Ameaçado (2018) e Jurassic World: Domínio (2022).

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