O cantor e compositor norte-americano D’Angelo, um dos maiores nomes da música soul e R&B contemporânea, morreu nesta terça-feira (14), aos 51 anos, após uma batalha contra o câncer de pâncreas.
A informação foi confirmada por sua família neste comunicado divulgado à imprensa:
A estrela brilhante da nossa família apagou sua luz nesta vida […] Após uma longa e corajosa luta contra o câncer, estamos de coração partido ao anunciar que Michael D’Angelo Archer, conhecido mundialmente como D’Angelo, partiu deste mundo no dia 14 de outubro de 2025.
A família também agradeceu o carinho dos fãs e pediu privacidade neste momento difícil:
Estamos tristes por só podermos guardar as memórias queridas, mas eternamente gratos pelo legado de uma música extraordinariamente comovente que ele deixa para o mundo.
D’Angelo havia cancelado recentemente sua participação no festival Roots Picnic, alegando problemas de saúde. Segundo o ex-empresário do artista, Kedar Massenberg, ele faleceu em Nova York.
Tributos e homenagens
Diversas personalidades da música lamentaram a morte do cantor nas redes sociais. O produtor DJ Premier, que trabalhou com ele na faixa Devil’s Pie, escreveu no X (antigo Twitter):
Que perda triste com a partida de D’Angelo. Tivemos tantos bons momentos. Vou sentir muito sua falta. Descanse em paz, rei.
O escritor e comentarista Marc Lamont Hill também confirmou a notícia:
Minhas fontes me dizem que D’Angelo faleceu. Uau. Estou sem palavras. Que ele descanse em perfeita paz.
Um legado que moldou o soul moderno
Nascido Michael D’Angelo Archer, na Virgínia, o artista começou a tocar piano ainda criança e, aos cinco anos, já se apresentava na igreja do pai. Na adolescência, formou o grupo Three of a Kind com os primos e, pouco depois, venceu o famoso Amateur Night do Apollo Theater, em Nova York — prêmio que o ajudou a comprar seu primeiro gravador e iniciar a carreira solo.
Em 1995, lançou o álbum Brown Sugar, considerado um marco do movimento neo-soul. O sucesso foi consolidado com Voodoo (2000), vencedor de dois prêmios Grammy, e Black Messiah (2014), obra que encerrou uma trilogia cultuada e politicamente potente.
Com 14 indicações ao Grammy e uma influência direta sobre artistas como Lauryn Hill, Erykah Badu e Frank Ocean, D’Angelo redefiniu o R&B para uma nova geração. Seu estilo — marcado por groove, espiritualidade e sensualidade — ecoa até hoje na música mundial.
Há relatos de que o cantor trabalhava em novas canções antes de sua morte. No entanto, seu legado permanece gravado em três álbuns que revolucionaram o gênero e eternizaram sua voz. Com informações da Far Out Magazine.
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