A confirmação de Leon S. Kennedy em Resident Evil Requiem reacendeu uma das teorias mais antigas — e perturbadoras — da franquia. Desde a divulgação do primeiro trailer, fãs começaram a notar detalhes que levantam uma possibilidade inquietante: Leon pode estar infectado novamente, desta vez por um novo tipo de ameaça biológica. E quanto mais o material é analisado, mais indícios surgem de que essa teoria pode fazer todo o sentido.
O retorno de Leon marca um momento importante para a saga. Após anos longe dos holofotes principais da linha narrativa, o personagem surge em um cenário que mistura mistério, investigação e terror biológico em níveis inéditos. E tudo indica que essa não será apenas mais uma missão comum.
Um padrão que se repete na história de Leon
A ideia de Leon infectado não é novidade dentro da franquia Resident Evil. Pelo contrário. O personagem já passou por isso em diferentes momentos da linha do tempo.
A primeira vez aconteceu ainda nos conceitos iniciais de Resident Evil 4, na famosa versão conhecida como Resident Evil 3.5. Naquele projeto cancelado, Leon seria infectado pelo Vírus Progenitor, sofrendo alucinações e transformações físicas. O conceito acabou descartado, mas deixou marcas profundas na mitologia da série.
Depois disso, veio o caso mais conhecido: o Las Plagas, em Resident Evil 4. Leon é infectado pelo parasita dos Los Illuminados e passa todo o jogo lutando contra o avanço da infecção, até conseguir removê-la com a ajuda de Luis Sera. Já em Resident Evil: Death Island, o personagem volta a ser contaminado, dessa vez por uma variante do T-Vírus criada por Dylan Blake, sendo salvo graças à intervenção de Rebecca Chambers.
Ou seja, a franquia já estabeleceu um padrão claro: sempre que a narrativa quer colocar Leon no limite, a infecção é usada como catalisador.
As pistas deixadas em Resident Evil Requiem
No trailer de Resident Evil Requiem, diversos detalhes chamam atenção. Um dos mais comentados é uma cena rápida em que Leon aparece com uma marca estranha no pescoço. O enquadramento evita mostrar claramente a região, como se estivesse escondendo algo. Além disso, o personagem passa boa parte do tempo usando um casaco que cobre totalmente o corpo, o que levanta ainda mais suspeitas.
Outro ponto curioso é o comportamento do próprio Leon. Ele parece mais contido, investigativo e até fisicamente abalado em alguns momentos. Em determinadas cenas, é possível ver ferimentos recentes, o que reforça a ideia de que ele já teve contato direto com a nova ameaça biológica antes mesmo do início dos eventos principais do jogo.
Além disso, o trailer sugere que a história se passa pouco antes ou durante uma nova crise biológica ligada às ruínas de Raccoon City. A presença de infectados com comportamentos diferentes do padrão conhecido indica que estamos lidando com algo novo — possivelmente um vírus diferente de tudo que já vimos.
O possível novo vírus e a teoria do Elpis
Uma das teorias mais fortes é a existência de um novo agente patogênico chamado provisoriamente de Elpis. Ainda não está claro se esse é o nome do vírus ou de um projeto secreto, mas tudo indica que ele será o centro da narrativa.
O comportamento dos infectados apresentados no trailer chama atenção: alguns demonstram sinais de consciência, algo que lembra bastante o efeito do A-Vírus, apresentado em Resident Evil: Vendetta. Naquele filme, o vírus permitia que os infectados mantivessem certo nível de inteligência, obedecendo comandos e até tomando decisões estratégicas.
Se esse novo vírus realmente tiver origem ou inspiração no A-Vírus, isso explicaria muita coisa — inclusive a possibilidade de Leon ter sido infectado sem perder completamente o controle.
A ligação com Grace, Rebecca e o passado da franquia
Outro elemento importante da teoria envolve a personagem Grace, que aparentemente desempenha um papel central na trama. Há indícios de que ela pode ter sido exposta ao novo vírus de alguma forma, possivelmente desenvolvendo resistência ou anticorpos únicos.
Isso abre caminho para a entrada de Rebecca Chambers, uma das maiores especialistas em armas biológicas do universo Resident Evil. Vale lembrar que foi ela quem desenvolveu a cura para o vírus em Death Island e que já demonstrou conhecimento suficiente para lidar com mutações extremamente complexas.
Se o vírus de Requiem realmente tiver ligação com o A-Vírus, Rebecca pode ser a única capaz de desenvolver uma cura — talvez usando o sangue da própria Grace como base. Essa teoria ganha ainda mais força quando lembramos que Rebecca, Leon e até Jill já cruzaram caminhos anteriormente, o que tornaria esse reencontro totalmente plausível dentro da narrativa.
Leon em seu momento mais vulnerável
Caso essa teoria se confirme, Resident Evil Requiem pode apresentar a versão mais frágil e humana de Leon até hoje. Diferente de ameaças anteriores, desta vez ele pode não ter uma solução imediata, nem aliados prontos para salvá-lo.
Isso abre espaço para um desenvolvimento emocional mais profundo do personagem, colocando-o não apenas como herói, mas como vítima de um sistema que ele vem enfrentando há décadas. Um Leon enfraquecido, lidando com o medo da própria transformação, adiciona uma camada dramática inédita à franquia.
O futuro da franquia pode estar em jogo
Tudo indica que Resident Evil Requiem será um ponto de virada para a série. A possível infecção de Leon, o retorno a Raccoon City, a presença de uma nova ameaça biológica e a chance de reunir personagens clássicos criam um cenário perfeito para redefinir os rumos da franquia.
Se essa teoria estiver correta, o jogo pode entregar uma das histórias mais densas, sombrias e emocionais de toda a saga.
Agora resta esperar por novas informações oficiais — e torcer para que Leon consiga sobreviver a mais um pesadelo biológico.






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