por Vinícius Miranda
A polêmica envolvendo Tencent e Sony ganhou um novo capítulo. Após a gigante japonesa entrar na justiça contra a Tencent, acusando a empresa chinesa de criar um “clone descarado” da famosa série Horizon, a página do jogo Light of Motiram no Steam passou por uma grande reformulação.
O jogo foi revelado inicialmente com vários elementos que lembravam muito o universo de Horizon, como máquinas gigantes e criaturas mecânicas chamadas “mechanimals”. Agora ele apresenta uma descrição e imagens totalmente repaginadas para tentar se distanciar das semelhanças apontadas pela Sony.
Descrição e artes do jogo foram alteradas
Antes, a descrição do jogo destacava termos e conceitos muito próximos ao universo Horizon, como a exploração de um mundo dominado por máquinas colossais, avanço tecnológico e treinamento de “mechanimals”. Agora, a descrição foca mais na sobrevivência e no desafio de enfrentar um ambiente hostil, omitindo as referências claras às máquinas e à tecnologia avançada.
Além disso, a arte principal do jogo foi trocada. A imagem que mostrava uma personagem muito parecida com Aloy, protagonista de Horizon, foi substituída por duas criaturas robóticas, uma que lembra um pinguim e outra um cachorro.
Screenshots removidos e data de lançamento adiada
Diversas imagens que reforçavam as semelhanças com Horizon foram removidas da página do jogo. Em seu lugar, foram colocadas novas capturas focadas no mundo aberto do game, sem mostrar robôs parecidos com os da série da Sony.
Outro detalhe importante é que Light of Motiram agora tem uma janela de lançamento prevista para o quarto trimestre de 2027, o que pode indicar atrasos causados pela pressão da ação judicial.
O processo que mudou tudo
Na ação judicial, a Sony acusa a Tencent de copiar não apenas a jogabilidade e o enredo, mas também o estilo artístico de Horizon. A empresa ainda revelou que, antes de anunciar Light of Motiram, a Tencent teria tentado propor uma colaboração para um novo título da franquia. Proposta essa que foi recusada.
Essa disputa levanta um debate importante sobre direitos autorais e criatividade na indústria dos videogames, mostrando que a linha entre inspiração e cópia pode ser bem tênue.
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