Lionsgate enfrenta sequência de fracassos nas bilheteiras

William Prado

Lionsgate enfrenta sequência de fracassos nas bilheteiras

A Lionsgate, conhecida por seus lançamentos variados, está passando por um momento difícil nas bilheteiras. Entre agosto e outubro de 2024, o estúdio acumulou sete fracassos consecutivos em seus filmes, que vão desde adaptações de jogos até dramas históricos.

Títulos como Borderlands, que arrecadou apenas $32 milhões globalmente, e o reboot de O Corvo, com $23,7 milhões, fazem parte dessa lista de decepcionantes resultados.

O portfólio de 2024 da Lionsgate incluía uma variedade de gêneros, como comédias de assalto, dramas emocionais e histórias de terror.

A ideia era preencher um vazio deixado por grandes estúdios que, muitas vezes, relegam filmes desse tipo a plataformas de streaming.

A Lionsgate costuma manter os orçamentos sob controle e vende direitos internacionais de seus filmes, o que ajuda a mitigar os prejuízos. No caso de Megalopolis, o diretor Francis Ford Coppola assumiu os custos de produção que somaram $120 milhões. Apesar do desempenho abaixo do esperado, o estúdio ainda poderá lucrar como distribuidor.

O filme de maior orçamento, Borderlands, que custou cerca de $100 milhões, deverá resultar em um prejuízo de $30 milhões. No entanto, os executivos da Lionsgate não parecem preocupados, pois os resultados negativos não são graves o suficiente para causar mudanças drásticas na equipe de liderança.

Esse cenário é um contraste marcante em relação ao ano anterior, quando a Lionsgate teve sucessos como John Wick 4: Baba Yaga, que arrecadou $440 milhões mundialmente.

A mudança na liderança do estúdio, com Adam Fogelson assumindo o cargo que antes era de Joe Drake, pode influenciar a trajetória futura da empresa.

Além disso, a Lionsgate tem se esforçado para atingir públicos muitas vezes ignorados, como audiências de fé e comunidades negras. Filmes de baixo orçamento, como Uma Canção de Gratidão, que faturou $21 milhões, e The Blackening, que arrecadou $18 milhões, mostram que há espaço para essas produções.

Contudo, a empresa enfrenta ceticismo por parte dos investidores, uma vez que suas ações caíram mais de 30% no último ano.

Com planos de desmembrar suas operações da Starz, a Lionsgate busca se concentrar em suas produções cinematográficas e abrir portas para possíveis fusões e aquisições. O futuro da Lionsgate dependerá de como conseguirá navegar por essas dificuldades e se adaptar às mudanças do mercado.

FONTE: Variety

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