Por Felipe Mennucci
A HQ Bring On The Bad Guys: Loki #1 é o quarto (de um total de sete) one-shots da Marvel focado em alguns de seus principais vilões. Esse segundo volume centra-se em Loki.
Agora, a nova coletânea de Bring On The Bad Guys traz um novo conjunto de histórias estreladas pelos mesmos vilões.
Vale destacar que embora cada edição seja estrelada por um antagonista diferente, as HQs estão conectadas por uma narrativa em comum.
Essa narrativa em comum é representada por um artefato antigo conhecido como a Forja das Almas, que tem o poder de conceder controle sobre todas as almas da Terra para aquele que conseguir ter acesso ao item.
Mas a Forja só pode ser ativada com a coleta de almas dos descendentes do culto dos Lordes das Sombras (o grupo de feiticeiros que criaram o artefato).
Mephisto e sua discípula, uma jovem chamada Irmã Tristeza, estão energizando a Forja, e para tal estão indo atrás de vários vilões da Marvel, para que as almas necessárias sejam entregues.
Loki e Mephisto fazem um pacto
Esta edição começa durante o final do século 19, mostrando um pacto feito entre Loki e Mephisto. Em troca da obtenção da alma de um jovem artista, Mephisto promete proteger Loki da fúria dos deuses de Asgard.
Mais especificamente, Mephisto pede que Loki use uma adaga mágica para matar o garoto e capturar sua alma.
Loki então parte para a Paris do ano de 1895. Lá ele encontra sua vítima, um jovem e talentoso músico de rua. Porém, ao invés de matá-lo logo de cara, o vilão resolve desenvolver os talentos do jovem artista.
O Deus da Trapaça usa sua magia para fingir ser um nobre dono de uma casa de ópera. Ele leva o músico até lá, e promete financiá-lo, com a condição de que o músico crie uma longa ópera baseada na canção que ele estava cantando na rua.
O Rei Amarelo
A canção acaba se tornando uma adaptação da obra O Rei de Amarelo. O livro original é composto de nove contos baseada em uma peça fictícia de teatro que enlouquece todos que a leem até o final.
Para ajudar o rapaz na apresentação, Loki contrata um jovem ator vindo da Suécia, que irá representar o Rei de Amarelo da história.
Pouco depois, Loki é confrontado pela Irmã Tristeza. Ela acredita que Loki de alguma forma se importa com o músico, e que por isso está demorando para matá-lo. Porém, o vilão diz que seu único interesse é ver a história do “Rei de Amarelo” completa, não importando o custo.
Enquanto isso, o jovem músico começa a relaxar e a aproveitar a vida. Porém, isso faz com que a qualidade das composições dele decaiam.
Furioso, Loki confronta o artista, e finalmente se revela para ele como um deus manipulador e perigoso. O vilão exige que o artista volte a compor com qualidade.
Irmã Tristeza comete um ato terrível
Dentro da casa de ópera, a Irmã Tristeza, seguindo as ordens de Mephisto, mata o artista sueco que estava trabalhando com o músico. O sofrimento pela morte do amigo faz com que o músico termine a longa obra.
No dia da apresentação, Loki aparece como o Rei do título. Quando a canção acaba, ele usa a adaga para matar o músico.
Depois, o Deus da Trapaça aparece diante de Mephisto e entrega a adaga. Mas o demônio percebe que o objeto está “vazio”, de forma que nenhuma alma foi coletada.
Loki então diz que cumpriu com o trato, pois fez literalmente o que Mephisto pediu (“pegou a adaga”, “matou o garoto”, e “capturou sua alma”). A questão é que Mephisto nunca definiu como a alma seria coletada, e para onde ela seria enviada.
Não fica claro exatamente para onde a alma do artista foi. Fica implícito que o músico vendeu sua alma para terminar sua obra, mas não sabemos se a alma dele ficou com Loki ou se foi libertada.
A história termina nos tempos atuais, com várias pessoas fazendo fila para assistirem uma versão moderna de O Rei de Amarelo.
Além da história principal, a edição também traz uma história extra que revela um pouco mais sobre o passado da Irmã Tristeza e de seus longos anos de serviço para com Mephisto.
Assim como os one-shots anteriores, a edição se destaca por criar uma história intrigante e acessível para novos leitores, e que sabe explorar muito bem a personalidade manipuladora e traiçoeira de Loki, e ao mesmo tempo, também mostra o lado quase humano do vilão.
Bring On The Bad Guys: Loki #1 tem roteiros de Anthony Oliveira, e arte de Jethro Morales. A edição foi publicada em 30 de julho de 2025 nos EUA.
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