Mais um mangá entra para a lista de obras banidas nas escolas dos Estados Unidos. Desta vez, a versão Unico: Awakening, uma reimaginação do clássico de Osamu Tezuka, foi retirada das bibliotecas do distrito escolar de Richmond Country, na Carolina do Norte. A decisão foi tomada após uma reclamação de uma mãe, que considerou o conteúdo do mangá inadequado para crianças.
A obra, adaptada por Samuel Sattin e ilustrada pela dupla Gurihiru, foi removida temporariamente das escolas para revisão. Segundo a mãe, Nikki Fletcher, a série contém representações de violência com armas e abuso de animais, o que ela considerou impróprio para estudantes do ensino fundamental. O mangá é classificado como indicado para crianças entre 8 e 12 anos (ou do 3º ao 7º ano escolar).
Unico: Awakening não é o único título a sofrer restrições recentes em escolas americanas. Mangás populares como Assassination Classroom e Sasaki e Miyano também foram banidos de bibliotecas em estados como Carolina do Sul, Flórida e Wisconsin. As razões variam desde acusações de conteúdo violento, como no caso de Assassination Classroom, até temas relacionados à orientação sexual, motivo do banimento de Sasaki e Miyano em alguns distritos.
Unico, publicado pela Scholastic, narra a história de um unicórnio que, após despertar a ira da deusa Vênus, é condenado a vagar de era em era, sempre esquecendo seu passado. Apesar de ser uma obra voltada para o público infantojuvenil, o tom da narrativa e os temas apresentados despertaram preocupação em alguns pais e responsáveis.
O aumento dos banimentos de mangás em escolas americanas levanta questões sobre a censura e o impacto nas bibliotecas escolares. Obras que abordam temas complexos ou desafiadores frequentemente enfrentam críticas, especialmente em ambientes educacionais. Com a crescente popularidade do mangá no Ocidente, o futuro desse formato em escolas americanas permanece incerto, especialmente diante de debates sobre o que deve ou não estar disponível para jovens leitores.
Fonte: CB
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