Mark Hamill quase recusou papel em ‘A Longa Marcha’, novo filme baseado em Stephen King

Cheyna Corrêa (Texto: William Prado)

O ator Mark Hamill, ícone de ‘Star Wars’ por viver Luke Skywalker, revelou que quase recusou participar de ‘A Longa Marcha: Caminhe ou Morra’, adaptação do livro distópico de Stephen King que estreia dia 18 de setembro nos cinemas.

Rejeição inicial ao papel

Hamill revelou que pensou em recusar o convite para interpretar o Major, personagem central e autoritário da história, por causa da presença intensa de armas de fogo e da violência armada retratada na trama.

A violência armada é um dos piores aspectos da vida americana.

Ele lembrou o impacto da legislação nos Estados Unidos:

Lembro quando as armas de assalto foram banidas no governo Clinton e a proibição expirou no governo Bush. As estatísticas mostram uma queda brusca nos tiroteios sem o AR-15, e depois os números voltaram a subir quando foi liberado novamente. É a Segunda Emenda, as pessoas caçam, mas está fora de controle. Nenhum outro país tem as tragédias que nós temos. Então, sim, eu odeio armas.

Conversa que mudou tudo

Convicto de que recusaria o papel, Hamill se preparava para ligar ao diretor Francis Lawrence — responsável por sucessos como ‘Jogos Vorazes’, ‘Constantine’ e ‘Operação Red Sparrow’ — para explicar sua decisão. Mas a ligação acabou mudando o rumo da negociação.

Percebi que este é exatamente o cara que deveria dirigir isso.

A visão do diretor

Em entrevista à Entertainment Weekly, Lawrence explicou a abordagem adotada para a adaptação de A Longa Marcha, publicada originalmente em 1979.

É uma história de Stephen King. É uma trama visceral, intensa. Decidimos muito cedo que não iríamos nos afastar disso.

O cineasta detalhou como trabalhou as mortes no filme:

A forma como lidei com a primeira morte foi torná-la realmente chocante. Ela prepara a promessa da intensidade do restante do filme… mas, à medida que avançamos pelas perdas, quis que cada uma fosse sentida de forma diferente. Não queria que fossem apenas choque e horror. Queria que o valor emocional de cada morte fosse distinto para que o público tivesse a experiência completa.

Depois dessa conversa, Hamill percebeu que o foco da produção não seria apenas a violência gráfica, mas sim as relações humanas, a pressão psicológica e a experiência emocional dos personagens. Convencido da seriedade da adaptação, o ator aceitou o desafio de interpretar o Major em A Longa Marcha, marcando sua terceira participação em adaptações de Stephen King.

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