Vídeo falso mostra Zuckerberg dizendo que controla dados roubados

Estadão Conteúdo

Vídeo falso mostra Zuckerberg dizendo que controla dados roubados

Na última semana, surgiu um pequeno vídeo no Instagram aparentemente protagonizado por Mark Zuckerberg com uma declaração absurda do ponto de vista do executivo.

“Imagine isso por um segundo: um homem com controle total dos dados roubados de bilhões de pessoas. Todos os seus segredos, suas vidas e seus futuros. (Aleksandr) Spectre me mostrou que quem controla os dados, controla o futuro”, diz.

https://www.instagram.com/p/ByaVigGFP2U/

O vídeo, claro, é falso. Ele foi criado por dois artistas, Bill Posters e Daniel Howe, e uma agência de publicidade, a Canny, por meio de inteligência artificial – os algoritmos usam imagens reais de Zuckerberg e são combinadas com os movimentos do rosto de outra pessoa, técnica conhecida como deep fake. O vídeo original é de 2017 e trazia esclarecimentos de Zuckerberg sobre o papel do Facebook nas eleições russas.

Curiosamente, o Instagram decidiu não remover de sua plataforma o vídeo falso. A decisão é consistente com a política de uso dos produtos do Facebook, que no mês passado se recusou a remover um vídeo criado por algoritmos que retrata uma versão “bêbada” de Nancy Pelosi, líder do partido democrata na câmara de deputados – na época, a decisão do Facebook causou polêmica no meio político americano.

Ao site TechCrunch, o Instagram diz que tratará o vídeo do chefe da mesma maneira que trata material com conteúdo falso: o conteúdo será filtrado da aba Explorar e hashtags não funcionarão com o material.

Para que isso aconteça, porém, agentes independentes de checagem precisam marcar o material como falso. No auge da polêmica do vídeo de Pelosi, Neil Potts, diretor de política pública do Facebook, garantiu que nem mesmo um vídeo falso de Mark Zuckerberg seria removido da rede social.

O vídeo de Zuckerberg foi criado por meio de inteligência artificial – os algoritmos usam imagens reais do fundador do Facebook e combinam com os movimentos do rosto de outra pessoa, técnica conhecida como deep fake. O crescimento e sofisticação dos deep fakes já preocupam autoridades e especialistas sobre o seu impacto em processos eleitorais em diversas partes do mundo.

Os criadores do vídeo de Zuckerberg têm deep fakes de outras personalidades, incluindo Donald Trump e Kim Kardashian.

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