‘Marvel Cosmic Invasion’: Diretor e roteirista revelam detalhes do novo beat-em-up da Marvel

William Prado

‘Marvel Cosmic Invasion’: Diretor e roteirista revelam detalhes do novo beat-em-up da Marvel
Divulgação/Dotemu e Tribute Games

Marvel Cosmic Invasion é o novo projeto da Dotemu e da Tribute Games, e promete resgatar a essência dos clássicos beat-em-ups protagonizados por super-heróis nos anos 80 e 90 — agora com uma roupagem moderna, cenários cósmicos e uma lista de 15 personagens jogáveis.

Durante uma entrevista ao ComicBook.com, o diretor Frederic Gemus e o roteirista Yannick Belzil detalharam o processo de criação, as escolhas narrativas e o foco no vilão Aniquilador.

Um retorno ao estilo clássico da Marvel nos games

O jogo aposta na nostalgia: um lado a lado de super-heróis enfrentando hordas de inimigos da Zona Negativa, liderados por Aniquilador.

Entre os heróis jogáveis, estão nomes como Homem-Aranha, Wolverine, Capitão América, Tempestade, Rocket Raccoon, Nova e Phylla-Vell.

Belzil confirmou que a ideia de usar Aniquilador veio diretamente da Marvel:

O cenário cósmico e a história de Aniquilação foram propostos pela Marvel. Percebemos rapidamente que o Aniquilador era perfeito para um beat-em-up: ele é debochado, barulhento e tem uma personalidade que você quer socar. Ele também já vem com seu próprio exército reconhecível — o que é um bônus para esse tipo de formato.

Como a equipe escolheu os heróis jogáveis

Belzil explicou que a seleção dos personagens envolveu vários critérios — jogabilidade, variedade visual e representatividade dentro do universo Marvel.

Há muitos fatores. Primeiro o gameplay: precisamos de poderes variados e estilos diferentes. Alguns voam, outros têm ataques à distância. A representação também importa: queríamos mutantes, heróis de rua, Vingadores, cósmicos… uma amostra da amplitude do universo.

Ele também comentou sobre a inclusão de Nova e Phylla-Vell, menos conhecidos do grande público:
“Como ambos fazem parte da saga Aniquilação, fazia sentido. E sendo personagens menos populares, isso nos permitiu reinterpretá-los com mais liberdade.”

Ideias que ficaram de fora

Segundo Belzil, houve conteúdos planejados que não chegaram à versão final:

Alguns cameos e referências que pensamos inicialmente não acabaram se encaixando. Isso é típico do desenvolvimento: ideias são consideradas, implementadas ou descartadas. Queríamos incluir alguns clássicos obscuros, mas não estavam disponíveis. Mesmo assim, estamos muito felizes com a quantidade de surpresas e homenagens que conseguimos colocar na campanha.

O sistema de dupla de heróis: a essência da Marvel

Um dos elementos mais elogiados do game é o sistema Cosmic Swap, que permite ao jogador alternar entre dois heróis durante o combate, ampliando o número de habilidades disponíveis.
Gemus explicou:

Trabalho em equipe é a alma do universo Marvel. Heróis se unem como Vingadores, Defensores ou até duplas, como nos quadrinhos clássico ‘Marvel Team-Up’. Manter isso apenas para o multiplayer seria desperdiçar potencial.

Ele destaca que a mecânica também evita que o jogador se sinta limitado ao escolher um único personagem:

Alguns podem voar, outros não. Alguns têm projéteis, outros só ataques corpo a corpo. A troca dá flexibilidade e cria interações narrativas enquanto a ação acontece.

Influências dos clássicos e como o jogo moderniza o gênero

Gemus reconhece que o time cresceu jogando títulos como X-Men Arcade, Capitão América and the Avengers e Maximum Carnage, mas que o objetivo não era copiar o estilo:

Queríamos recuperar a magia, mas construir algo diferente. Em vez de imitar outros jogos, criamos tudo ao redor dos super-heróis e da forma como cada um se expressa. Se um personagem voa, criamos arenas com camadas verticais e inimigos aéreos. Se outro usa ataques à distância, fazemos inimigos que bloqueiam e contra-atacam.

Esse processo permitiu que Cosmic Invasion tivesse identidade própria: um beat-em-up moderno, sem depender apenas da nostalgia.

A filosofia de acessibilidade: fácil de entrar, difícil de largar

Gemus destaca que a Dotemu e a Tribute Games sempre prezaram por jogos acessíveis, citando o sucesso de TMNT: Shredder’s Revenge como exemplo.

Queremos algo fácil para qualquer pessoa pegar e jogar, mas profundo para quem quer dominar. Mesmo com mais habilidades e mais ação na tela, mantemos a essência: diversão imediata, para todas as idades.

O legado do gênero e o desafio de atualizá-lo

Para a equipe, adaptar o beat-em-up aos padrões atuais foi um desafio técnico e criativo.
Gemus explica:

Fazemos jogos que parecem retrôs, mas são totalmente modernos. Sabemos os defeitos e as virtudes do gênero. Ao focar no que ele tem de melhor — ritmo, combos simples, personagens variados — criamos uma experiência fácil de jogar e difícil de largar.

DLC e futuro da franquia

O futuro depende da recepção:

“Conteúdos adicionais vão depender do sucesso do jogo. Mas foi divertido ver fãs pedindo DLCs e sugerindo personagens desde o anúncio.”, disse Belzil.

Reação dos fãs e celebração dos personagens

Gemus se surpreendeu com a resposta do público:

A reação à nossa lista de heróis foi incrível! Na SDCC, a galera foi ao delírio quando anunciamos Beta Ray Bill e Surfista Prateado. Mesmo que pudéssemos ter 300 personagens, parece que todos entenderam perfeitamente o que queríamos fazer.

Lançamento

Marvel Cosmic Invasion chega em 1º de dezembro de 2025 para PC, PlayStation, Xbox e Nintendo Switch. Confira o trailer abaixo:

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