Marvel Cosmic Invasion é o novo projeto da Dotemu e da Tribute Games, e promete resgatar a essência dos clássicos beat-em-ups protagonizados por super-heróis nos anos 80 e 90 — agora com uma roupagem moderna, cenários cósmicos e uma lista de 15 personagens jogáveis.
Durante uma entrevista ao ComicBook.com, o diretor Frederic Gemus e o roteirista Yannick Belzil detalharam o processo de criação, as escolhas narrativas e o foco no vilão Aniquilador.
Um retorno ao estilo clássico da Marvel nos games
O jogo aposta na nostalgia: um lado a lado de super-heróis enfrentando hordas de inimigos da Zona Negativa, liderados por Aniquilador.
Entre os heróis jogáveis, estão nomes como Homem-Aranha, Wolverine, Capitão América, Tempestade, Rocket Raccoon, Nova e Phylla-Vell.
Belzil confirmou que a ideia de usar Aniquilador veio diretamente da Marvel:
O cenário cósmico e a história de Aniquilação foram propostos pela Marvel. Percebemos rapidamente que o Aniquilador era perfeito para um beat-em-up: ele é debochado, barulhento e tem uma personalidade que você quer socar. Ele também já vem com seu próprio exército reconhecível — o que é um bônus para esse tipo de formato.
Como a equipe escolheu os heróis jogáveis
Belzil explicou que a seleção dos personagens envolveu vários critérios — jogabilidade, variedade visual e representatividade dentro do universo Marvel.
Há muitos fatores. Primeiro o gameplay: precisamos de poderes variados e estilos diferentes. Alguns voam, outros têm ataques à distância. A representação também importa: queríamos mutantes, heróis de rua, Vingadores, cósmicos… uma amostra da amplitude do universo.
Ele também comentou sobre a inclusão de Nova e Phylla-Vell, menos conhecidos do grande público:
“Como ambos fazem parte da saga Aniquilação, fazia sentido. E sendo personagens menos populares, isso nos permitiu reinterpretá-los com mais liberdade.”
Ideias que ficaram de fora
Segundo Belzil, houve conteúdos planejados que não chegaram à versão final:
Alguns cameos e referências que pensamos inicialmente não acabaram se encaixando. Isso é típico do desenvolvimento: ideias são consideradas, implementadas ou descartadas. Queríamos incluir alguns clássicos obscuros, mas não estavam disponíveis. Mesmo assim, estamos muito felizes com a quantidade de surpresas e homenagens que conseguimos colocar na campanha.
O sistema de dupla de heróis: a essência da Marvel
Um dos elementos mais elogiados do game é o sistema Cosmic Swap, que permite ao jogador alternar entre dois heróis durante o combate, ampliando o número de habilidades disponíveis.
Gemus explicou:
Trabalho em equipe é a alma do universo Marvel. Heróis se unem como Vingadores, Defensores ou até duplas, como nos quadrinhos clássico ‘Marvel Team-Up’. Manter isso apenas para o multiplayer seria desperdiçar potencial.
Ele destaca que a mecânica também evita que o jogador se sinta limitado ao escolher um único personagem:
Alguns podem voar, outros não. Alguns têm projéteis, outros só ataques corpo a corpo. A troca dá flexibilidade e cria interações narrativas enquanto a ação acontece.
Influências dos clássicos e como o jogo moderniza o gênero
Gemus reconhece que o time cresceu jogando títulos como X-Men Arcade, Capitão América and the Avengers e Maximum Carnage, mas que o objetivo não era copiar o estilo:
Queríamos recuperar a magia, mas construir algo diferente. Em vez de imitar outros jogos, criamos tudo ao redor dos super-heróis e da forma como cada um se expressa. Se um personagem voa, criamos arenas com camadas verticais e inimigos aéreos. Se outro usa ataques à distância, fazemos inimigos que bloqueiam e contra-atacam.
Esse processo permitiu que Cosmic Invasion tivesse identidade própria: um beat-em-up moderno, sem depender apenas da nostalgia.
A filosofia de acessibilidade: fácil de entrar, difícil de largar
Gemus destaca que a Dotemu e a Tribute Games sempre prezaram por jogos acessíveis, citando o sucesso de TMNT: Shredder’s Revenge como exemplo.
Queremos algo fácil para qualquer pessoa pegar e jogar, mas profundo para quem quer dominar. Mesmo com mais habilidades e mais ação na tela, mantemos a essência: diversão imediata, para todas as idades.
O legado do gênero e o desafio de atualizá-lo
Para a equipe, adaptar o beat-em-up aos padrões atuais foi um desafio técnico e criativo.
Gemus explica:
Fazemos jogos que parecem retrôs, mas são totalmente modernos. Sabemos os defeitos e as virtudes do gênero. Ao focar no que ele tem de melhor — ritmo, combos simples, personagens variados — criamos uma experiência fácil de jogar e difícil de largar.
DLC e futuro da franquia
O futuro depende da recepção:
“Conteúdos adicionais vão depender do sucesso do jogo. Mas foi divertido ver fãs pedindo DLCs e sugerindo personagens desde o anúncio.”, disse Belzil.
Reação dos fãs e celebração dos personagens
Gemus se surpreendeu com a resposta do público:
A reação à nossa lista de heróis foi incrível! Na SDCC, a galera foi ao delírio quando anunciamos Beta Ray Bill e Surfista Prateado. Mesmo que pudéssemos ter 300 personagens, parece que todos entenderam perfeitamente o que queríamos fazer.
Lançamento
Marvel Cosmic Invasion chega em 1º de dezembro de 2025 para PC, PlayStation, Xbox e Nintendo Switch. Confira o trailer abaixo:





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